Em 2018, a margem de lucro para quem terceirizou a engorda de bovinos em boiteis foi 20% (relembre a reportagem aqui) em média. Mas houve propriedade que obteve resultado ainda melhor, chegando a 30% de média. Foi o caso do Grupo Colpar. No passado a empresa destinou animais para terminação em confinamento em Guaiçara-SP, engordando no período de cocho 8@ por cabeça em média, com peso de entrada próximo a 11@ e, o de saída 19@.
“Uma margem média, entre os inteiros e os capões, próxima de 30%. […] Além de você estar desafogando a fazenda, não está desembolsando o recurso durante a engorda desse animal, tem ajuda ainda na parte de frete, toda a premiação envolvida nos protocolos da JBS, a gente participou do 1953, e tudo vem para a empresa. […] A gente viu que é bacana, é uma parceria muito legal, tanto é que se estendeu para este ano”, afirmou o gerente administrativo e financeiro do Grupo Colpar, Evando Moreira, em entrevista concedida ao Giro do Boi e exibida nesta segunda, 25.
“Agora no começo do ano já mandamos mais mil bois para o confinamento da JBS em Terenos, perto de Campo Grande (MS). Mandamos 800 Angus machos e 200 bois Nelore”, adiantou o diretor de pecuária do mesmo grupo, Ivanilson Alves, conhecido como Birigui.
“É uma parceria muito boa porque você aumenta o giro da fazenda. Tira o gado pesado nas épocas mais secas, traz pro confinamento para terminar e a fazenda aumenta a lotação”, aprovou o pecuarista Rogério Duarte.
No evento em que as entrevistas foram concedidas, que aconteceu em Araçatuba, interior de SP, propriedade de Eduardo Otoboni, a indústria esteve presente para reforçar a disponibilidade não somente na fase da terminação. “É uma confraternização para a gente trocar ideia. Juntar todo mundo, discutir os problemas de cada um e tentar resolver. Hoje a gente trouxe nutricionista, às vezes o pecuarista quer falar de dieta, o que fica bom para ele, o que é bom para fazer na recria para mandar o gado para o cocho na seca”, disse o gerente regional de da Friboi Confinamentos, Mario Yoneda.
“Não é uma questão só do lucro financeiro. Com a nossa parceria, queremos estar juntos dos pecuaristas. Nos momentos oportunos, queremos ajudá-lo a fazer o seu planejamento. Não só o planejamento financeiro da engorda do cocho, mas ajudar em um sistema de recria, de reposição, estender outras parcerias nossas, como protocolos de qualidade e também falar sobre protocolos sanitários, como vacinas que usamos nos boiteis, que estendemos na forma de conhecimento aos nossos parceiros”, destacou o gerente da Friboi Confinamentos, José Roberto Bischofe Filho.
Além de aumentar o desfrute das fazendas, os boiteis também servem como ferramenta para enquadrar a matéria-prima na demanda do mercado, com destaque para o das exportações, que foi importante para a economia brasileira em 2018. Isto porque os principais países compradores da carne bovina do País estão restringindo a compra de carne de animais com mais de 30 meses. “O mercado promete neste ano, as expectativas são boas, a exportação no ano passado foi muito boa. Então precisamos levar um pouco do que o mercado está pedindo, que é um boi jovem. As restrições vêm aumentando a cada dia. […] A temporada 2019 começou com boitel com um estoque de boi de passagem muito bom, fruto do trabalho que a equipe fez a da confiança que os parceiros têm”, ressaltou Leandro Testa, diretor de novos canais de originação da Friboi.
Quem tem interesse em entender mais sobre as modalidades de negócios da engorda terceirizada em boiteis pode enviar contato via e-mail pelo endereço eletrônico confinamento@jbs.com.br.
Veja as entrevistas e a reportagem completa no vídeo abaixo: