Pecuarista de Barretos-SP conta os segredos de sua “lavoura de arrobas”

Propriedade da produtora, engenheira civil e amazona Chris Morais é referência em produtividade, acomodando 200 cabeças em uma área total de 24 hectares

Nesta quarta, 08, o Giro do Boi exibiu vídeo enviado pela engenheira civil, pecuarista e amazona Chris Morais, titular do Aero Rancho, propriedade localizada em Barretos, interior de São Paulo, que é referência em produtividade – são 200 cabeças distribuídas em 24 hectares ao todo, divididos em nove piquetes.

Relembre a história de Chris Morais e do Aero Rancho de Barretos-SP no link abaixo:

Mega produtividade: ela aumentou a lotação da fazenda em mais de 6x; saiba como

“Aqui no Aero Rancho, em Barretos, nós fazemos a intensificação da recria a pasto de macho inteiro. Nós usamos as duas épocas do ano, na época das águas e na época das secas. Na época das águas, um pouco antes, nós buscamos a mais alta tecnologia de precisão, aliada do agronegócio, do nosso objeto aqui, que é a pecuária. Nós fizemos primeiros Geofert, que é análise do solo com quadriciclo, em toda propriedade. Aqui são nove piquetes distribuídos não em áreas iguais, mas conseguimos fazer basicamente uma média, e assim, dentro dentro desta média da área, podemos estar distribuindo área de cocho. Após o Geofert, que é análise de solo de alta precisão, nós fizemos a correção da pastagem e por isso que nós chamamos de lavoura de arroba. Usamos o que nós temos de melhor no Brasil, que é a nossa terra, para poder conseguir intensificação do gado”, revelou.

Você não sabia, mas seus bisavós já praticavam a agricultura de precisão

“Depois fizemos a correção, primeiro com calcário, depois fizemos adubação sólida e, para completar, uma adubação líquida para aumentar a massa foliar. Por isso que na época das águas nós conseguimos aqui ter uma lotação bem alta em relação à área que nós temos”, aprovou.

A pecuarista falou ainda sobre o manejo nutricional para manter a capacidade de suporte no período da seca. “Agora nós entramos na época da seca, então para nós não perdermos a taxa de lotação da propriedade, o que nós fizemos? Silagem de milho e estamos complementando também com uma ração de 18% de proteína, que é uma ração de confinamento. Aqui nós fazemos a distribuição, misturamos em cima de 1% do peso vivo, nós calculamos a ração, separamos por lotes, fazendo piqueteamento e o manejo da propriedade. Como vocês podem ver, nós estamos em plena seca e a propriedade não baixou tanto a quantidade de pasto, de folhagem, de massa foliar”, mostrou.

A produtora destacou que o manejo permite a terminação de um animal que será fornecedor de uma carne que o mercado demanda atualmente. “Esse aqui é um lote novo que nós estamos preparando pensando já lá na frente, quando eles derem entrada no confinamento, no sprint final que a gente deixa para eles. Mas qual é o objetivo? Fazermos tudo isso para que no abate nós consigamos um boi novo, boi de zero a dois dentes, com camada de gordura e dentro de uma faixa de peso que viabilize atender o que o mercado está pedindo”, concluiu.

Com integração, fazenda aumenta em cinco vezes a taxa de lotação das pastagens

Quantas cabeças cabem no semiconfinamento e na terminação intensiva a pasto?

Nem adubação, nem herbicida: saiba qual o primeiro passo para intensificar o uso de suas pastagens

Veja o vídeo completo gravado no Aero Rancho, de Chris Morais, no player abaixo:

 

Sair da versão mobile