
A série “Na seca o pasto pode secar, mas o boi não!” traz informações essenciais, e neste episódio, o Doutor em Zootecnia Iorrano Cidrini explica a técnica de diferimento, ou vedação, da pastagem. Essa prática consiste em estocar forragem no próprio pasto na seca para garantir o alimento do gado quando a oferta é escassa. Confira o vídeo abaixo.
Para iniciar o processo de vedação, o pecuarista deve antecipar a queda do crescimento da forragem. O momento ideal para começar o diferimento é de 30 a 45 dias antes do último evento que limitará o crescimento da planta, como a queda de luminosidade, a baixa temperatura e o déficit hídrico do solo.
Uma ferramenta essencial para determinar esse momento é o histórico de precipitação e temperatura da fazenda, que pode ser consultado em fontes como o INMET. Ao vedar a pastagem de forma antecipada, o produtor garante o acúmulo de folhas verdes, que são a parte mais nutritiva da forragem.
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O objetivo define a duração do diferimento
Sabendo quando iniciar o diferimento, a duração da vedação dependerá do objetivo de produção do pecuarista e da categoria animal que será alimentada. Se a meta é sustentar uma categoria de menor exigência, como uma vacada de bom escore corporal, o diferimento pode ser mais prolongado. Essa estratégia garante maior massa disponível e uma lotação mais alta na área, apesar de oferecer forragem de menor qualidade.
Por outro lado, se o foco é em categorias de maior exigência, nas quais se busca maior ganho de peso, o ideal é priorizar diferimentos mais curtos. Embora penalize a capacidade de lotação da área, o diferimento curto garante uma forragem com maior qualidade, ou seja, com melhor relação folha/colmo.
O especialista alerta que quanto mais tempo o pasto na seca permanecer diferido, mais a planta tende a alongar o colmo em busca de luz. Isso aumenta a massa, mas reduz a qualidade. Por isso, a escolha da duração deve ser estratégica e alinhada às metas nutricionais do rebanho.
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