O telespectador Max Welber de Melo Santos, que administra o Sítio Tia Anastácio em Nossa Senhora da Glória, no Sergipe, enviou sua dúvida sobre seleção genética ao Giro do Boi. Ele disse em mensagem:
“Sei que é muito importante adquirir animais com padrão racial para montar o plantel. Estou iniciando agora a atividade de pecuária e optei pela fase de cria. Se as fêmeas que eu adquirir forem filhas de touros provados, isso já é suficiente para eu ter boas matrizes? Ou a mãe desses animais também precisam ser PO (puras de origem) ou PC (puras por cruzamento)?”, questionou.
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O especialista que tirou a dúvida do criador sergipano foi o zootecnista Ricardo Abreu, gerente de fomento da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu, a ABCZ.
“O melhoramento genético não tem uma receita. Ele se adapta ao seu sistema de produção e ele é contínuo. Ele tem início, mas nunca tem fim”, ponderou Abreu.
“Isto é, você tem que ter as ferramentas para estar identificando as suas matrizes e também coletando as informações de cunho econômico para que realmente você observe quais fêmeas são as ‘inquilinas’ da sua fazenda que pagam a conta. O que é esta inquilina? Uma matriz dentro da sua propriedade. Claro que, sendo registrada PA (antigo livro aberto, ou LA), PC ou PO, já tem o crivo das informações e de todo o currículo dela”, afirmou o zootecnista.
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“E o mais importante é você utilizar touro PO melhorador, isto é, avaliado geneticamente, que tem uma confiabilidade para ter um retorno econômico seja para peso à desmama, peso ao ano, ao sobreano, características maternais, fertilidade, de crescimento”, destacou o especialista.
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“Então você tem a oportunidade, dentro do registro e dentro da avaliação genética, usar o pacote completo. Você está identificando, vendo essas fêmeas que produzem melhor, sempre usando nelas, seja através da inseminação artificial ou da monta natural, touro PO melhorador e medindo as suas progênies dentro das características que eu mencionei, que tenham cunho econômico”, acrescentou Abreu.
Independentemente da informação selecionada para direcionar o melhoramento genético do rebanho, o gerente de fomento da ABCZ pediu cuidado com a confiança na fonte desta informação. “Mas tenha sempre com cuidado com a qualidade da informação e com a acuidade dessas informações, que é através do registro genealógico que você obtém isso. Então, em resumo, continue esse trabalho, faça realmente a identificação usando sempre touros registrados melhoradores pela ABCZ porque realmente você vai estar tendo a disponibilidade de estar utilizando ferramentas de elevada confiabilidade para que você tenha um maior retorno e tenha lucro dentro da sua atividade”, recomendou.
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A resposta completa do zootecnista Ricardo Abreu ao criador do Sergipe pode ser vista no vídeo abaixo:
Foto ilustrativa: Kadijah Suleiman / Reprodução Embrapa
