No próximo dia 04 de setembro o pecuarista brasileiro vai ganhar um reforço para o controle foliar de plantas daninhas e que pode ser aplicado em área total. Trata-se de uma linha de defensivos que conta com uma formulação química de ingredientes ativos sinérgicos que faz a contenção de grande parte das ervas indesejáveis no pasto e cujo combate é mais difícil, como as plantas anuais, bianuais, arbustivas, lenhosas e semilenhosas com pulverização que pode ser feita com trator, aeronave e mesmo aplicador costal.
“Em pastagens nós temos algumas plantas que são de fácil controle, as plantas herbáceas, que vêm em sementes, principalmente no caso de renovação de pastagens você está falando de plantas de fácil controle. Quando você fala de pastagem estabelecida, uma manutenção de pastagens que você tem normalmente plantas muito bem estabelecidas ali e de difícil controle, surgiu esta lacuna que existia de a gente não controlar esse tipo de plantas em aplicação em área total”, detalhou o engenheiro agrônomo e mestre em solos e nutrição de plantas Neivaldo Cáceres, pesquisador da linha de pastagens da Corteva Agriscience, a divisão agrícola Dow DuPont.
“A tecnologia surgiu de uma necessidade, de uma lacuna, porque não existia um produto que dava controle foliar em área total dessas plantas de difícil controle, então esse foi o nosso objetivo, achar um produto que tivesse esse predicado”, acrescentou o agrônomo em entrevista concedida ao Giro do Boi nesta quinta, 23.
Plantas herbáceas e outras mais competitivas, como cumbuquinha e cagaita, poderão ser controladas pela aplicação em área total, por trator ou aeronave, melhorando o rendimento da pulverização. Já plantas daninhas mais fortes, como a ciganinha, poderão ser controladas pela aplicação costal. “Um único produto vai ter uma amplitude muito grande de uso dentro da propriedade. Vai poder ser aplicado com trator, tem registro para aplicação aérea ou costal também”.
Outro diferencial do princípio ativo é o baixo nível de toxicologia. Dentro de quatro faixas de classificação estabelecidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para produtos da categoria, a nova linha foi enquadrada no menor nível de impacto para os aplicadores e para o meio ambiente. “Esse produto tem alguns predicados diferenciais de todos os que já existem. O primeiro dele, que chama demais a atenção, é que ele é um produto faixa verde. O que é um produto faixa verde? É a classificação do produto em relação à sua toxicologia. […] A faixa verde é a menos agressiva toxicologicamente para o aplicador e para o ambiente”, reforçou Cáceres. Outra conveniência para quem fizer uso do novo defensivo é a ausência de cheiro, característica comum em boa parte dos defensivos da categoria.
Na entrevista desta quinta, o agrônomo destacou também a importância para o pecuarista em investir no controle das ervas daninhas que competem com suas pastagens. “Na agricultura ou o produtor usa (defensivo), faz controle de plantas daninhas ou não colhe, é simples assim. E em pastagem isso não acontece porque o pecuarista acaba produzindo carne e leite, mas ele não quantifica o quanto ele está deixando de ganhar, a oportunidade que ele tem com pastagem mais produtiva”, advertiu. “90% da alimentação do bovino vêm do pasto exclusivamente. Então se você tiver uma boa produtividade de pasto, você vai ter uma boa produtividade de carne e leite”, completou.
Veja a entrevista completa pelo vídeo abaixo: