Nesta sexta, 11, foi ao ar edição comemorativa aos quatro anos desde que o primeiro Giro do Boi foi ao ar, em 12 de maio de 2014. Entre as atrações especiais do programa, esteve a entrevista com o diretor executivo de originação da JBS, o zootecnista Eduardo Krisztán Pedroso.
Ao lado do apresentador e editor-chefe do Giro do Boi, Mauro Sérgio Ortega, Pedroso relembrou o início do programa, os anseios dos pecuaristas e a consolidação da pecuária brasileira dentro do período. O executivo destacou que o desafio de se comunicar com o produtor se intensificou em 2012, quando foi criada dentro da JBS a diretoria de relacionamento com o fornecedor.
“Naquele momento nós tínhamos um sentimento que o pecuarista ficava um pouco apreensivo com a consolidação da indústria frigorífica, que crescia e se formalizava. Os produtores achavam que os frigoríficos poderiam usar o poder da consolidação para forçar o preço do boi. Mas, na realidade, o que estamos assistindo nesses últimos anos é que quanto mais a indústria se formaliza, mais transparente é a relação com o produtor. Tem inclusive um trabalho norte-americano que afirma que enquanto a capacidade de abate for maior que o desfrute efetivo do rebanho, não existe risco de abuso de poder econômico. Então é o contrário: quanto mais formalizada for a indústria frigorífica, melhor e mais competente será o escoamento da carne. Isto ajuda a sustentar o preço e as cotações do boi”, classificou Pedroso.
Embora perceba que ainda haja expectativa por parte do pecuarista pelo preço da arroba no mercado físico, uma das atrações diárias do programa no quadro Giro pelo Brasil, Pedroso reforçou que outros fatores preponderantes se somam ao preço da arroba para compor um cenário em que o produtor é forte e competitivo dentro do setor. “Nós precisamos construir renda. E a construção de renda passa pela produção de mais arrobas por hectare ao ano, por foco na qualidade, foco no consumidor e pela integração da cadeia produtiva. Não tem indústria forte com produtor fraco. Nós precisamos ajudar o produtor a se fortalecer, solidificar e ganhar dinheiro porque é o produtor forte que produz boi bom, que chega como carne de qualidade na mesa do consumidor”, frisou.
E na avaliação do zootecnista, este cenário já está se popularizando como uma realidade no Brasil. “Nós temos uma pecuária de excelência crescendo a galope”, celebrou. A frase pode ser atestada pela evolução da qualidade dos animais abatidos pela companhia nos últimos anos.
Os números do Farol da Qualidade, matriz composta por indicadores de sexo, idade, peso e acabamento que define se o animal está no padrão desejável, tolerável ou indesejável pelo mercado consumidor, evoluiu consideravelmente em quatro anos. Animais no Farol Verde, ou desejáveis pelo consumidor, passaram de uma representação de 18% em 2014, quando o Giro do Boi foi lançado, para 26% atualmente. Já animais no Farol Vermelho, ou indesejáveis para o mercado, caíram de 30% para 11% no mesmo período.
Para exemplificar esta evolução, durante a entrevista com Pedroso foi ao ar um vídeo para o quadro Giro do Dia que ilustra o avanço da produtividade da pecuária nacional, com depoimentos dos produtores Valetim Maier, diretor da NPP Agropecuária – Fazenda Santa Vergínia, e Júlio Jacintho, da Fazenda Vaca Branca. Ambos comentaram a importância do reconhecimento da qualidade entregue à indústria e da abertura do protocolo 1953, que viabiliza a agregação de valor em animais de raças diversas, que se ajustam à necessidade de maior produtividade dentro da porteira.
Veja a participação completa de Eduardo Pedroso pelos vídeos abaixo:
Bloco 1
Bloco 2