No MT, produtividade da pecuária na ILPF pode ser oito vezes superior à média

Pesquisador da Embrapa ponderou que, para que o sistema seja viável economicamente, produtor deve conhecer o mercado em está inserido para priorizar a produção de cada componente da integração

O Giro do Boi exibiu nesta quinta, 24, mais um episódio da série especial de reportagens gravadas na sede da Embrapa Agrossilvipastoril, em Sinop, Mato Grosso, centro de referência em pesquisas sobre sistemas integrados.

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Desta vez, o entrevistado foi Maurel Behling, engenheiro agrônomo, mestre em ciências do solo e doutor em solos e nutrição de plantas. O pesquisador da unidade da Embrapa ponderou que os produtores que buscam os sistemas de integração devem estar atentos às demandas do mercado regional para direcionar a sua produção, seja para o componente carne, grãos ou madeira, priorizando cada um conforme a configuração de indústrias e comércios que cercam a fazenda.

Em um dos experimentos da Embrapa Agrossilvipastoril, realizado em conjunto com o Imea, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária, que valida os indicadores dos sistemas integrados, o pesquisador afirmou que o esforço vale a pena. Ao fim do primeiro ciclo da pesquisa, que durou quatro anos, a produtividade da pecuária, com animais que receberam 0,1% do peso vivo de suplementação, chegou a 30 arrobas por hectare ao ano, quase oito vezes superior à média do Mato Grosso, que é de 4@/ha/ano. “Em termos de lucratividade, o retorno para o produtor é interessante e aí vem justamente o ponto do componente florestal. Se eu não tenho um valor agregado no componente florestal, esse índice de lucratividade não é tão interessante”, salientou, reforçando que é essencial ter conhecimento do mercado em que a fazenda está inserida.

Outra característica da ILPF é que o desenvolvimento do componente florestal no sistema é mais veloz do que em operações tradicionais, um ponto de atenção para os produtores programarem desbastes e outros manejos característicos da cultura, ressaltou Maurel. O pesquisador exemplificou dizendo que, em produção convencional, o corte da teca é feito com 20 anos, enquanto na integração, o corte é antecipado para 18 anos.

Confira a reportagem completa no vídeo abaixo:

Foto: Gabriel Faria / Embrapa Agrossilvipastoril

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