A atividade de confinamento em Mato Grosso está projetada para crescer cerca de 60% em 2024, conforme pesquisa do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O levantamento de julho/24 registrou que 874,31 mil cabeças foram enviadas aos ganchos, um aumento de 57,5% em relação a 2023.
Esse crescimento reflete o otimismo dos pecuaristas após anos de margens estreitas e o fortalecimento do poder de compra dos dois principais componentes dos custos de produção: alimentação e aquisição de animais.
Custos e margens de produção
O custo diário por cabeça se manteve estável em R$ 11,75, ligeira redução comparada ao início do ano. Os preços do boi gordo e do milho também apresentaram poucas variações.
Apesar do ágio de 10,90% do boi magro sobre o boi gordo, este indicador ainda é inferior aos anos anteriores. A margem bruta da atividade recuperou 6,82 pontos percentuais em 2024, alcançando 1,03%, evidenciando uma melhora em comparação ao ano passado.
Mecanismos de proteção e concentração em confinamentos maiores
Uma adesão crescente a estratégias de proteção de preços foi registrada, com 27,59% dos produtores utilizando contratos a termo e 21,67% realizando negociações pela B3.
A maioria do gado confinado em 2024 estará em instalações de grande capacidade, com mais de 10.001 cabeças, indicando um aumento de 26,20% na capacidade desses confinamentos em relação a 2023.
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Sistemas de terminação
O confinamento permanece como o principal método de terminação, representando 75% das escolhas dos pecuaristas.
O semiconfinamento e a Terminação Intensiva a Pasto (TIP) são utilizados por 40,48% e 19,05% dos produtores, respectivamente. Essa distribuição reflete a estratégia de cada produtor, considerando custos e expectativas de mercado.
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