DICAS DO SCOTON

Leitura de cocho: confira dicas infalíveis para garantir lucro no confinamento

Leitura de cocho: confira dicas infalíveis para garantir lucro no confinamento

Ferramenta simples ajuda o confinador a reduzir desperdícios e melhorar o ganho de peso dos animais

Você sabe o que é leitura de cocho? Essa técnica, considerada básica por muitos, pode fazer toda a diferença no resultado final do seu confinamento. No novo episódio do quadro Dicas do Scoton, exibido nesta segunda-feira (20) no Giro do Boi, o Dr. Maurício Scoton, professor da Universidade do Agro de Uberaba (Uniube), explicou como aplicar corretamente essa prática e por que ela impacta diretamente o custo da arroba produzida. Assista ao vídeo:

Leitura de cocho: mais do que observar sobra de ração

Segundo Scoton, a leitura de cocho vai muito além de olhar a sobra de dieta do dia anterior. Ela envolve entender o comportamento do gado, a curva de consumo e o momento fisiológico do lote. “De cada três confinamentos que visito, só um realmente faz a leitura como deveria”, destaca o zootecnista.

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A lógica é simples: menos desperdício e mais precisão no trato geram economia imediata e lucro maior. O especialista afirma que é possível economizar cerca de 5% na dieta, o que pode representar de R$ 20 a R$ 30 por arroba engordada.

Como fazer a leitura de cocho corretamente?

A rotina ideal começa cedo, avaliando:

  • Quantidade de sobra de ração no cocho.
  • Comportamento dos animais (quantos estão deitados, em pé ou próximos ao cocho).
  • Consistência das fezes, que indicam como o animal está digerindo a dieta.
  • Curva de consumo ao longo dos dias de confinamento, essencial para decidir se aumenta ou reduz o fornecimento de alimento.

Para facilitar a tomada de decisão, Scoton recomenda usar um bom software de gestão do trato, que ajude a monitorar o consumo e os ajustes feitos no fornecimento da dieta.

Sinais práticos para ajustar a dieta

O professor mostrou exemplos visuais que ajudam a entender o que a boiada está comunicando:

  • Sobra 2 (muita ração): reduzir de 10% a 15% do fornecido.
  • Sobra 1 (pequena sobra de farelo): reduzir entre 2,5% a 5%.
  • Coxo lambido com boiada no cocho: é hora de aumentar o trato.
  • Boiada deitada e tranquila com sobra leve: dieta na medida certa.

Além disso, a consistência das fezes serve como termômetro da digestão. Fezes muito líquidas podem indicar problemas individuais ou excesso de proteína. Já fezes pastosas, firmes e sem sujar os animais são o padrão desejado.

Resultado: mais arrobas com menos custo

Scoton finaliza reforçando a importância do treinamento da equipe, da disciplina e da leitura criteriosa. “Todos esses cuidados garantem um confinamento mais eficiente, com bom ganho de peso e menor custo por arroba, o que no fim das contas, é mais dinheiro no bolso do produtor.”

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