A segunda etapa da campanha de vacinação obrigatória contra a raiva em bovinos e bubalinos nos 119 municípios considerados de alto risco em Goiás alcançou 99,15% de cobertura, totalizando 2,56 milhões de animais imunizados.
Os dados foram divulgados pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), que reforçou a importância da imunização para proteger a pecuária e a saúde pública, já que a raiva é uma zoonose.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destacou o compromisso dos pecuaristas com a sanidade do rebanho.
“Esse resultado mostra que os produtores estão atentos à importância da vacinação, garantindo uma pecuária livre de doenças e fortalecendo a abertura de mercados para o setor”, afirmou.
Municípios com 100% de vacinação e impacto da imunização
Dos 119 municípios onde a vacinação é obrigatória, 12 cidades alcançaram 100% de cobertura vacinal, entre elas Água Fria de Goiás, Campinorte, Chapadão do Céu e Vianópolis.
Além disso, nenhuma propriedade ficou abaixo dos 95% de imunização, garantindo um alto nível de proteção contra a doença.
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No entanto, 4.814 propriedades (6,5% do total) ainda não realizaram a vacinação, ficando sujeitas a penalidades como multas e restrição na emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA), documento essencial para a movimentação dos bovinos no Estado.
O diretor de Defesa Agropecuária, Rafael Vieira, alertou sobre os riscos da doença.
“A raiva pode ser transmitida por morcegos hematófagos e causar grandes perdas econômicas. Os produtores que não vacinaram devem buscar regularizar sua situação o quanto antes”, reforçou.
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Mudanças no controle da raiva entram em vigor em julho
A partir de 1º de julho de 2025, novas regras para o controle da raiva em herbívoros entrarão em vigor em Goiás.
A vacinação será obrigatória em propriedades que tenham focos confirmados da doença e recomendada em um raio de até 12 quilômetros dessas áreas.
A gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Denise Toledo, explicou que as novas diretrizes não alteram a campanha de vacinação prevista para maio de 2025, que seguirá abrangendo os 119 municípios de alto risco.
“Essas mudanças buscam tornar a resposta aos focos mais eficiente, sem afetar a campanha anual já programada”, explicou.
Além disso, a raiva segue sendo uma doença de notificação obrigatória, e a Agrodefesa continuará realizando ações de vigilância epidemiológica e monitoramento de morcegos hematófagos, principais transmissores do vírus para o gado.
Com altos índices de vacinação e estratégias mais precisas para o controle da doença, Goiás reforça seu compromisso com a saúde animal e a segurança da pecuária estadual, minimizando impactos econômicos e garantindo a sanidade do rebanho.
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