O fenômeno La Niña pode perder força no verão de 2023, no entanto, pode causar alguns efeitos para a agricultura e pecuária brasileira até lá.
A informação é da meteorologista Desirée Brandt, da Climatempo. Ela destacou o que diz o mais recente relatório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês).
O documento foi divulgado ontem, 14. O NOAA é uma instituição ligada ao governo americano, e faz parte do Departamento de Comércio dos Estados Unidos.
O que é a La Niña?
A La Niña é o fenômeno de resfriamento das águas do oceano Pacífico e que influi diretamente no clima da América do Sul.
O Pacífico é o maior oceano da Terra e está em sua fase fria desde julho de 2020. O fenômeno perde força a partir de janeiro de 2023 e passa a entrar a Neutralidade Climática, segundo Brandt.
“A Neutralidade Climática é quando não se tem nem El Niño e nem La Niña, bem configurado. No entanto, ela entra ainda com as temperaturas frias do Pacífico”, diz a meteorologista.
Principais efeitos
São destacados três principais efeitos nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sul e parte do Sudeste.
Nordeste: chuvas acima da média especialmente na porção nordeste da região.
Centro-Oeste: atraso de chuvas da primavera.
“No entanto, as chuvas não devem ficar abaixo da média. Alguns modelos indicam chuvas acima da média, para áreas do Centro-Oeste e mais áreas do Pará, Tocantins e no interior da região Sudeste”, diz Brandt.
Sul: risco de estiagem no verão e risco de geada tardia.
“Os modelos estão indicando geadas até o finalzinho de setembro. em alguns lugares outubro. Outro efeito é que a chuva pode diminuir bem no fim do ano, sobretudo no Rio Grande do Sul”, diz Brandt.
Maior tempo entre as chuvas
Os modelos indicam um espaço maior entre uma chuva e outra a partir do mês de outubro. Principalmente entre novembro e dezembro esse espaço de tempo seco pode ser maior.
Confira no vídeo acima a previsão na íntegra, com detalhes para os municípios de Jesuítas (PR) e Amambai (MS):
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