GIRO DO TEMPO

Inverno “escaldante” desafia manejo do gado no Centro-Oeste. Saiba os detalhes

Esse cenário de inverno escaldante exige atenção máxima ao manejo do gado e à prevenção de incêndios, especialmente nas regiões mais vulneráveis. Assista ao vídeo

Inverno “escaldante” desafia manejo do gado no Centro-Oeste. Saiba os detalhes
Inverno “escaldante” desafia manejo do gado no Centro-Oeste. Saiba os detalhes

O inverno escaldante no Centro-Oeste, Matopiba e boa parte do interior do Brasil traz temperaturas elevadas, ar seco e falta de chuva, exigindo atenção redobrada no manejo do gado e prevenção de incêndios. Para proteger seu rebanho e sua propriedade neste período crítico, assista à análise completa abaixo e prepare-se!

Pecuaristas, o inverno deste ano no Brasil Central está atípico e desafiador. Grande parte do interior do país continua sob a influência de ar seco, temperaturas elevadas e a persistente falta de chuva.

Esse cenário de inverno escaldante exige atenção máxima ao manejo do gado e à prevenção de incêndios, especialmente nas regiões mais vulneráveis.

Nesta quinta-feira, 10 de julho, a jornalista Luíza Cardoso, do Canal Rural, apresentou um prognóstico climático detalhado no quadro “Giro do Tempo” do Giro do Boi. Ela destacou a realidade preocupante de Mato Grosso e fez um alerta para as áreas do Centro-Oeste e Matopiba.

Temperaturas elevadas e impacto no gado

Em Paranaíta, Mato Grosso, a situação é um exemplo claro do que se espera para a região. Em pleno inverno brasileiro, as temperaturas máximas podem chegar a incríveis 39ºC já em 10 de julho. As mínimas não são muito baixas, ficando em torno de 18ºC.

Essa combinação de calor extremo e ar seco, sem previsão de chuva para julho e início de agosto, gera um estresse térmico significativo para os animais. Os pecuaristas devem prestar atenção especial a dois pontos cruciais:

  • Hidratação animal: Aumentar a disponibilidade de água fresca e de qualidade é fundamental para evitar a desidratação.
  • Ganho de peso do gado: O estresse térmico dificulta a introdução de alimento e pode levar à perda de peso, comprometendo o desempenho do rebanho.

Risco de incêndio generalizado

A falta prolongada de chuva, as altas temperaturas e o ar seco criam um cenário propício para incêndios. Luíza Cardoso reforça o alerta para a condição conhecida como “30-30-30”, que indica alto risco de propagação de fogo:

  • Temperatura acima de 30ºC.
  • Umidade relativa do ar abaixo de 30%.
  • Rajadas de vento maiores que 30 km/h.

Nessas condições, qualquer faísca pode se alastrar rapidamente. Há um risco real de que fenos armazenados com aglomeração na fazenda possam pegar fogo até mesmo espontaneamente.

O alerta inicial é para o Matopiba, mas a tendência é que essa condição de risco se expanda para todo o Centro-Oeste se a seca persistir.

Cenário climático por regiões

A previsão de seca e calor se estende por grande parte do Brasil Central:

  • Centro-Oeste, Matopiba, Sudeste e Sul: Até 13 de julho, essas regiões devem seguir sem chuva. O pecuarista do Centro-Oeste, em particular, continuará em alerta.
  • Norte do país: Áreas como Roraima, Amazonas (norte) e Amapá continuarão com chuvas mais frequentes devido à infiltração marítima e áreas de baixa pressão.
  • Costa Leste do Nordeste: Ainda com alguma chuva, favorecendo regiões como o Sealba (Sergipe, Alagoas e Bahia), que possuem produtores pecuaristas.
  • Sul do país: Na próxima semana, haverá uma introdução de chuva muito irregular. As temperaturas no amanhecer ainda serão mais baixas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, mas durante a tarde, Sudeste e Mato Grosso do Sul terão dias mais agradáveis com elevação de temperatura.

Manter a atenção a essas informações climáticas é vital para planejar o manejo adequado da fazenda, minimizar perdas e garantir a segurança do rebanho e das instalações neste inverno atípico.

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