Inoculante biológico aumenta produção de massa verde pelo pasto em até 22%

Biotecnologia promove associação de microrganismos vivos que aumentam a massa radicular da pastagem e potencializam absorção dos nutrientes NPK

Uma parceria público-privada entre a Embrapa Soja e a empresa Biotrop acabou de disponibilizar ao mercado uma biotecnologia que promete aumentar em até 22% a produção de massa verde pelo pasto de modo sustentável. Trata-se do inoculante biológico Pastomax, um kit de três componentes líquidos com microrganismos vivos que aumenta a absorção de nitrogênio, fósforo e potássio pela planta.

“Foram vários anos de pesquisa, de inovação e desenvolvimento para trazer ao pecuarista uma solução que seja confiável, uma solução que entregue os resultados que são esperados. Nós fizemos essa parceria público-privada com a Embrapa, uma instituição que é referência tanto na agricultura quanto na pecuária, e fizemos uma série de estudos em diferentes pastagens, em diferentes regiões do Brasil para realmente entender o que a tecnologia biológica poderia agregar. E os resultados foram realmente surpreendentes e nos levaram então ao lançamento dessa ótima tecnologia”, celebrou a bióloga, mestre, doutora e pós-doutora em genética e biologia molecular Juliana Marcolino em entrevista ao Giro do Boi desta segunda, 30.

A especialista explicou como a tecnologia atua na pastagem de forma a aumentar sua capacidade produtiva. “Ao utilizar o Pastomax, você aumenta significativamente o volume radicular. E claro que uma planta que consegue explorar melhor o solo vai ter um desenvolvimento diferenciado, vai ter então esse aumento, esse incremento na biomassa da forragem”, apontou.

Para tanto, o inoculante faz a associação de microrganismos que têm propriedades multifuncionais, (Azospirillum brasilense e Pseudomonas fluorescens) e potencializam a absorção de NPK. “A gente tem um aumento de quase 20% (de absorção) do nitrogênio na forrageira, tem 15% de potássio e mais de 30% a mais de fósforo quando a gente utiliza o Pastomax”, quantificou a bióloga.

Conforme consta em material divulgado pela Embrapa, o “inoculante multifuncional já está disponível para os produtores, por intermédio de uma parceria público-privada entre a Embrapa e a empresa Biotrop, que está lançando o pacote tecnológico denominado PASTOMAX. O pacote é composto de um kit com três produtos: PASTOMAX PK (Pseudomonas fluorescens); PASTOMAX N (Azospirillum brasilense) e PASTOMAX Protege (aditivo protetor, visando a proteção das bactérias contra dessecação e raios solares)”. Leia na íntegra o artigo lançado pela Embrapa Soja: Inoculação multifuncional visa revolucionar as pastagens brasileiras.

A aplicação da tecnologia na pastagem pode ser feita de duas formas. “O pecuarista pode aplicar tanto no tratamento de sementes, quando ele estiver fazendo a implantação ou renovação de sua área, como fazer essa aplicação via pulverização naquelas áreas que já estão implantadas”, indicou.

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Além de resolver um problema pontual de aumento da produtividade do pasto, a tecnologia pode atuar também em um do principais desafios da pecuária brasileira no cenário macro. “Aumentando a biomassa, por exemplo, você evita que o solo fique descoberto. Um grande problema que a gente tem nas áreas degradadas é esse solo descoberto, que fica exposto ali para sofrer erosões e um grau mais severo de degradação. Então a gente tem o Pastomax entrando para aumentar a biomassa, o que aumenta a cobertura dessas áreas, aumenta a rentabilidade, a produtividade e aumenta a concentração dos principais nutrientes”, sustentou.

A pós-doutora em genética e biologia molecular disponibilizou os contatos com a Biotrop para que os pecuaristas possa saber mais detalhes da tecnologia biológica, como o próprio valor do investimento:

+ Acesse aqui o site biotrop.com.br

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A entrevista completa com a bióloga, mestre, doutora e pós-doutora em genética e biologia molecular Juliana Marcolino pode ser vista no vídeo abaixo:

Foto: Reprodução / Embrapa

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