BIOTECNOLOGIA BOVINA

IATF já é implementada em 25% do rebanho no País

Confira como a inseminação artificial está promovendo a qualidade do rebanho e da carne bovina na entrevista com o médico veterinário e doutor José Antonio Visintin, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP)

A evolução da pecuária brasileira está caminhando cada vez mais a passos largos por conta de tecnologias como a inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Esta técnica já responde pela fertilização de 25% do rebanho de vacas no País. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes.

O programa Giro do Boi desta sexta-feira, 31, entrevistou o médico veterinário e doutor José Antonio Visintin. Ele é professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP).

Visintin é um dos grandes especialistas na área de biotecnologia em bovinos no País. Ele deu um panorama de como a pecuária vem evoluindo no País.

“Há 20 anos só inseminávamos 5% do rebanho, hoje, já atingimos 25% do rebanho com a ajuda da inseminação artificial”, diz Visintin.

A oportunidade para o setor está justamente no porcentual restante de 75% de vacas. O rebanho de matrizes é estimado entre 75 milhões a 80 milhões de cabeças.

Evolução do rebanho em escada no País

Vacas Nelore com bezerros F1 Angus em área de pasto. Foto: JMMatos
Vacas Nelore com bezerros F1 Angus em área de pasto. Foto: JMMatos

A inseminação artificial cresceu 34% nos últimos 20 anos. A evolução do rebanho vem acompanhada por fazendas de gado cada vez mais bem estruturadas tecnicamente no País.

O uso de técnicas como a própria IATF ou mesmo a Fertilização In Vitro (FIV) revelam também a melhoria das condições de pastos, uma infraestrutura mais adequada na fazenda e a melhoria de mão de obra.

“As tecnologias inclusive diminuem a necessidade de ficar manejando muito com o gado, o que melhora consideravelmente o bem-estar animal”, diz Visintin.

IATF serve especialmente ao pequeno produtor

Técnico pecuário durante procedimento de IATF na fazenda. Foto: Divulgação

O uso de tecnologias de inseminação artificial está presente em todo o País, e serve especialmente aos pequenos produtores, segundo o especialista.

“A inseminação artificial é acessível ao pequeno produtor e é capaz de transformar com mais rapidez a qualidade do rebanho”, diz Visintin.

Em cerca de três anos a tecnologia muda o padrão do rebanho. Já numa fazenda de médio e grande porte, esse tempo seria bem maior.

No ano passado, 4.464 municípios utilizaram tecnologias de inseminação artificial para as pecuárias de corte e leite. O número representa 80,1% dos municípios brasileiros.

Os dados são da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) e compõem o Índex Asbia 2022.

Recadastramento on-line de profissionais de medicina veterinária

Exemplo da nova cateira digital para médicos veterinários e zootecnistas. Foto: Divulgação

O especialista também lembrou sobre o recadastramento de profissionais da medicina veterinária e de zootecnia desde o início deste ano de 2023.

O recadastramento pode ser feito no site do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) pelo link https://www.cfmv.gov.br/recadastramento/.

O recadastramento não é obrigatório. Porém, ao se recadastrar, o profissional mantém seus dados atualizados perante o seu regional e o CFMV.

Isso facilita a comunicação entre as partes, além de ter acesso às novas cédulas (física, em policarbonato, e digital).

Sair da versão mobile