TECNOLOGIA

IATF: a cada R$ 1 investido, pecuarista ganha R$ 4,20 com técnica. Saiba os detalhes

Confira os detalhes na entrevista com o mais renomados cientistas do País na área de reprodução bovina, o médico veterinário Pietro Sampaio Baruselli

A IATF tem retorno assombroso: a cada R$ 1,00 investido, pecuarista pode ganhar R$ 4,20 com técnica. Quem trouxe esse cálculo foi o professor da USP, Pietro Baruselli, um dos maiores estudiosos da biotecnologia reprodutiva. Assista ao vídeo abaixo e confira.

O Brasil é, sem dúvida, o país que mais dominou a biotecnologia reprodutiva, seja na inseminação, na transferência de embriões ou mesmo na fertilização in vitro em nível mundial.

Isso se deve, em grande parte, ao fato de termos o maior rebanho bovino do mundo. A pecuária é de extrema importância para a economia brasileira, e, devido a essa relevância, desenvolvemos diversos institutos de pesquisa e pacotes tecnológicos, sobretudo voltados para a produção tropical de carne e leite.

Nesse cenário, o Brasil se destaca globalmente na área de biotecnologia da reprodução.

Estudo contabiliza os ganhos da IATF

Botijão de sêmen para inseminação de vacas. Foto: Divulgação
Botijão de sêmen para inseminação de vacas. Foto: Divulgação

O estudo demonstrou que, a cada real investido em IATF, o produtor obteve um ganho de R$ 4,20 em 1 ano e meio.

Esse estudo, realizado em colaboração com Álvaro Borges, economista e pecuarista da Agropecuária Estrela do Céu, comparou as formas de produção de bezerros, levando em consideração a monta natural e a IATF seguida de monta natural.

Os dados reais de venda de bezerros mostraram que o sistema com IATF, considerando todos os custos, gerou um retorno de R$ 4,20 para cada real investido, quando comparado ao sistema de monta natural.

Essa diferença se deve aos quilos de bezerros produzidos com a IATF, já que os bezerros nascem mais cedo, e à genética utilizada, que resulta em um aumento significativo de peso ao desmame.

Essa descoberta ressalta o enorme potencial econômico e produtivo da Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) para a pecuária brasileira.

Pelotão de vacas em reprodução no Brasil

Vacas Nelore com bezerros F1 Angus em área de pasto. Foto: JMMatos

Temos uma quantidade gigantesca de animais em reprodução, estimando entre vacas e novilhas a impressionante cifra de 90 milhões de fêmeas por ano no Brasil.

Isso é um número significativamente maior do que o rebanho total de bovinos dos Estados Unidos e Argentina combinados.

Além disso, a produção de carne e leite no Brasil é líder mundial, e a biotecnologia da reprodução tem sido um componente crucial desse sucesso.

Crescimento da IATF no Brasil

Ao analisar o crescimento da Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) no Brasil, verificamos que o país é líder global no emprego dessa tecnologia.

Nos últimos anos, o Brasil empregou a IATF de forma impressionante, tornando-se um dos principais players no desenvolvimento científico e tecnológico.

No mesmo contexto, a transferência de embriões também é um destaque. O Brasil é um dos líderes globais na produção de embriões, produzindo uma quantidade surpreendente de 1,2 milhões de embriões por ano, equiparando-se aos Estados Unidos, o maior produtor de carne e leite do mundo.

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