O quadro Giro na Estrada desta sexta, 25, tratou do principal assunto da semana, a paralisação dos caminhoneiros por todo o Brasil. Quem repercutiu o assunto foi o engenheiro agrônomo Leonardo Vieira, coordenador de logística do boi gordo da JBS Carnes Brasil.
Segundo Vieira, a cadeia como um todo sofreu impacto, desde o embarque de carga viva das fazendas até a distribuição do produto acabado para varejo, atacado e exportação. Por isso, desde a quinta, 24, os abates da companhia foram paralisados em quase todas as suas unidades.
“Os animais a gente conseguiu retroceder até as fazendas, os pecuaristas entenderam a dificuldade que o Brasil vem enfrentando e absorveram de volta o que haviam embarcado”, tranquilizou.
Sobre uma possível trégua da paralisação, que poderia ocorrer após negociação entre o governo e entidades responsáveis pela mobilização dos caminhoneiros na noite de quinta, o coordenador ponderou que ainda não houve reflexo na situação das estradas, fazendo com que cerca de mil veículos da companhia, carregados com carne bovina, estejam parados em meio à mobilização nas estradas. “Ainda não houve repercussão nacional, então a gente tem desde carretas, contêineres e veículos médios parados ainda em mais de cem paralisações distribuídas pelo Brasil”, contabilizou.
Para orientar o pecuarista, Vieira declarou os próximos passos a serem tomados pela indústria quanto aos embarques de gado gordo. “A gente está escalando o gado novamente. Os animais que já foram comprados, nós vamos escalar para os próximos dias quando forem liberadas as estradas. Para os pecuaristas, a gente pede que tenham contato maior neste período com as unidades de abate, com o seu comprador de gado, para ver como ficará a escala porque assim que houver firmeza de que as as rodovias estão transitando, a gente vai voltar com a operação normal e a todo vapor”, concluiu.
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Foto: Arquivo / Agência Brasil