
Chegou ao fim mais uma temporada da série “Dicas do Chaker”, quadro exibido todas às sextas-feiras no programa Giro do Boi. Com o lema “Descomplicando a gestão na pecuária”, o zootecnista, consultor e escritor Antonio Chaker encerrou o ciclo de doze episódios abordando o que ele chama de os “nove orgulhos do pecuarista” — cinco deles apresentados no último episódio da temporada. Assista ao vídeo abaixo e confira.
Esses cinco pilares, segundo Chaker, fazem a diferença entre uma fazenda comum e uma propriedade altamente lucrativa. Se bem conduzidas, essas práticas são motivo de orgulho — e também motor de rentabilidade e desempenho acima da média.
1. Layout da fazenda: praticidade que gera eficiência
O layout ou design da fazenda é o primeiro item da lista. Pode parecer detalhe, mas uma estrutura bem planejada impacta diretamente no uso de máquinas, tempo de deslocamento e manejo dos animais.
“É pensar a fazenda com cabeça de engenheiro. Uma propriedade bem desenhada precisa de menos máquinas, menos pessoas caminhando e permite acessar o curral, as invernadas e os cochos com facilidade”, resume Chaker.
O ideal é evitar soluções improvisadas que atrasam o manejo e aumentam os custos.
2. Genética: o orgulho que desmama mais pesado
O segundo orgulho é a genética do rebanho. Investir em animais geneticamente superiores significa mais produtividade com os mesmos recursos. Segundo o consultor, a genética certa pode gerar até 20% a mais de resultados, sem aumentar os custos.
“Animal geneticamente superior ganha mais peso, emprenha mais cedo, tem melhor desempenho. É inegociável. O pecuarista precisa olhar para sua boiada e sentir orgulho”, reforça.
3. Reprodução: eficiência para fechar a conta
A reprodução é outro ponto que define o sucesso de fazendas de cria e ciclo completo. Para Chaker, não há lucro sem eficiência reprodutiva.
“Você precisa desmamar mais de 160 kg de bezerro por matriz exposta. E isso só acontece com uma estação de monta curta e bem feita, com boas taxas de prenhez e cronogramas definidos”, explica.
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4. Sanidade: cuidar da saúde é cuidar do bolso
A sanidade animal é o quarto orgulho que, segundo Chaker, ainda é negligenciado por muitas fazendas. E o custo de ignorar esse ponto é alto.
“Economizar em sanidade é como economizar no palitinho do churrasco de picanha premium. Gasta-se pouco para cuidar da saúde, mas se perde muito quando não se cuida”, alerta.
Um bom calendário de vacinação, vermifugação e manejo sanitário faz toda a diferença no desempenho dos animais.
5. Bem-estar animal: lucro com respeito
Fechando os cinco pilares está o bem-estar animal, que deve ser regra em fazendas profissionais. Para Chaker, animal manso, bem tratado, que não passa sede nem calor e não sente medo, entrega muito mais resultado.
“Animal que confia no manejador responde melhor. Bem-estar não é frescura, é estratégia de lucro e cidadania. E faz parte do nosso papel como produtores responsáveis”, afirma.
Ao final da temporada, Chaker fez questão de lembrar que o sucesso da pecuária não é manga madura que cai no chão. É mandioca: exige esforço, método e persistência.
A série “Dicas do Chaker” mostrou que gestão e profissionalismo são caminhos possíveis e acessíveis para o produtor que quer ir além. Basta aplicar as ferramentas corretas — e se orgulhar de cada etapa do processo. Clique aqui e acompanhe os demais episódios desta terceira temporada.
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