SESSÃO TIRA DÚVIDAS

Manejo de pasto na seca: veja as dicas para manter o lucro na produção de gado

Confira os detalhes na entrevista com Wagner Pires, engenheiro agrônomo e especialista em pastagens que tirou dúvidas dos telespectadores do Giro do Boi. Assista ao vídeo

Manejo de pasto na seca: veja as dicas para manter o lucro na produção de gado
Manejo de pasto na seca: veja as dicas para manter o lucro na produção de gado

No Giro do Boi desta quarta-feira, 19 de junho, o engenheiro agrônomo Wagner Pires, especialista em pastagens e pós-graduado pela Esalq-USP, tirou dúvidas de diversos telespectadores sobre como gerenciar o pasto durante a seca. Confira este incrível bate-papo no vídeo abaixo.

Pires, também autor do livro “Pastagem Sustentável de A a Z”, enfatizou a importância da preparação prévia com silagem, feno e pasto diferidos para assegurar a alimentação adequada do gado.

A importância do planejamento do pasto e visão de longo prazo

Pasto seco. Foto: Divulgação

Pires destacou que, mesmo diante de preços baixos da arroba, é crucial manter a fazenda bem organizada para aproveitar os períodos de alta no mercado.

“O pecuarista precisa ter visão de mercado e futuro. Arrumar a fazenda não é tarefa de um ou dois anos, leva de cinco a sete anos.”

Wagner Pires

A preparação, a manutenção da propriedade e o manejo de pasto são essenciais para garantir que o pecuarista esteja bem posicionado quando os preços se recuperarem.

Estratégia PSA: planta, solo e animal

Durante a entrevista, Pires detalhou seu método PSA (Planta, Solo e Animal), que aborda a interação entre esses três elementos dentro da fazenda.

Ele destacou a importância de escolher capins adequados para a região, manter a fertilidade do solo e assegurar um manejo correto das condições de pasto para otimizar o desempenho do gado.

Combate às plantas daninhas e capins invasores

Detalhe do capim capeta em área infestada no pasto. Foto: Reprodução

Diversos telespectadores enviaram perguntas sobre a gestão de plantas daninhas e capins invasores.

Para lidar com o capim capeta e outras ervas daninhas, Pires recomendou a aplicação criteriosa de herbicidas, priorizando a planta verdejante e o uso correto dos produtos.

Ele também destacou que, para plenas efetividades, devem ser aguardadas as épocas adequadas para aplicação.

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Vantagens da adubação e irrigação

Irrigação em área de pastagem é uma das tecnologias que estão potencializando o semiconfinamento no País. Foto: Guilherme Vieira

Pires enfatizou a importância de adubar corretamente as pastagens e de considerar a irrigação como uma alternativa, especialmente em regiões onde a estiagem é mais severa.

“Adubações bem feitas e a inclusão de irrigação podem transformar o potencial produtivo da fazenda, garantindo melhores ganhos de peso para os animais.”

Wagner Pires

Respondendo aos desafios locais

Os pecuaristas de diversas regiões enviaram perguntas específicas, sobre controle de demais plantas daninhas, além de tipos de capins e forrageiras:

  • Tiririca, fedegoso e amargoso: Pires recomendou o uso de herbicidas adequados, com aplicações bem planejadas.
  • Capins como Tifton 85 e BRS Zuri: o especialista destacou a qualidade do Tifton 85 e a importância de testar novas variedades em áreas menores antes de expandir a produção.
  • Pastagens compactadas: Sugeriu o uso de escarificadores e subsoladores para descompactação do solo, combinado com um manejo adequado das pastagens.

Recomendações essenciais para manter a fazenda lucrativa

Wagner Pires fechou a entrevista com uma mensagem positiva para os pecuaristas: 

“Organizem suas fazendas gradativamente e não interrompam os projetos de produção. A escassez de boi no mercado trará uma recuperação rápida dos preços, e estar preparado fará toda a diferença.”

Wagner Pires

Ele ressaltou a importância de seguir investindo na saúde e sustentabilidade das pastagens para garantir uma produção eficiente e lucrativa, mesmo em períodos de seca.

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