PECUÁRIA INTENSIVA

Confinamento: queda nos custos de alimentação impulsiona oportunidades para pecuaristas

Os custos de alimentação por animal caíram significativamente no primeiro semestre de 2024, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste

Confinamento: queda nos custos de alimentação impulsiona oportunidades para pecuaristas
Confinamento: queda nos custos de alimentação impulsiona oportunidades para pecuaristas

De acordo com dados da Ponta Agro, a alimentação no confinamento apresentou uma redução de quase 3% no Centro-Oeste, com o custo diário por cabeça caindo para R$ 144. Já no Sudeste, a redução foi ainda mais expressiva, chegando a 6%, com custos de cerca de R$ 113 a R$ 114 por cabeça ao dia. Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes desses e de outros números.

Quem detalhou os números do confinamento no País foi o zootecnista e mestre em produção animal Paulo Dias, CEO da Ponta Agro, que esteve no Giro do Boi desta quinta-feira, 1º de agosto.

Essa tendência de queda está tornando a terminação intensiva mais atrativa, especialmente em um cenário onde a pecuária enfrenta desafios de margem.

A análise do mercado e o impacto do milho

Paulo Dias destacou que o milho, um dos principais componentes da ração no Sudeste, viu uma queda nos preços, contribuindo para a redução dos custos de alimentação.

Outros insumos também registraram diminuição de preços, tornando o cenário ainda mais favorável para os confinadores.

Este movimento é observado de perto por pecuaristas, que usam esses dados para guiar suas decisões estratégicas.

Visão abrangente do confinamento no Brasil

A Ponta Agro, que gerencia cerca de 7 milhões de cabeças em confinamento e engorda intensiva, utiliza dados detalhados para fornecer uma visão abrangente do mercado.

“Temos uma base de dados robusta que nos permite oferecer um diagnóstico preciso do setor.”

Paulo Dias

Com essa informação, os pecuaristas podem ajustar suas estratégias, maximizando a eficiência e a lucratividade.

Crescimento do confinamento e o papel da tecnologia

A prática de confinamento tem crescido significativamente, com um aumento de 21% no número de animais confinados em relação ao ano passado.

Este crescimento reflete um otimismo renovado entre os pecuaristas, impulsionado pela queda nos custos de alimentação e pela melhoria das condições de mercado.

Dias explicou que, no passado, os confinadores mantinham grandes estoques de alimentos para mitigar riscos.

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No entanto, a prática atual envolve estoques menores e mais estratégicos, permitindo aos pecuaristas aproveitar melhor as flutuações de preços de insumos. A colheita da safrinha, por exemplo, está contribuindo para uma redução nos preços do milho, o que se reflete diretamente nos custos de produção.

A diferença regional no custo de alimentação

Os dados da Ponta Agro mostram diferenças regionais significativas nos custos de alimentação.

No Centro-Oeste, onde a dieta inclui ingredientes primários como milho e silagem, os custos tendem a ser mais altos em comparação com o Sudeste, que utiliza mais co-produtos como polpa cítrica e casca de soja.

Essa variação regional destaca a importância de ajustar as estratégias de alimentação para otimizar os custos.

Os pecuaristas brasileiros têm se mostrado cada vez mais adeptos da tecnologia e da inovação para melhorar a eficiência de suas operações. Segundo Dias, a utilização de protocolos nutricionais avançados e o foco em genética de ponta têm permitido aumentos significativos na produtividade.

Oportunidade significativa para os pecuaristas

A queda nos custos de alimentação representa uma oportunidade significativa para os pecuaristas que investem em confinamento.

Com informações detalhadas e estratégias bem delineadas, é possível melhorar a lucratividade e a sustentabilidade da operação, mesmo em um cenário de margens apertadas.

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