
A atividade de confinamento bovino no Brasil deve apresentar forte recuperação nos próximos meses. Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP indicam que, apesar da baixa rentabilidade registrada em março, o cenário para 2025 é de otimismo para os produtores.
Segundo o Cepea, os abates realizados em março tiveram a menor rentabilidade dos últimos sete meses, com índice de apenas 1,3% ao mês. Contudo, as projeções apontam para uma trajetória de recuperação, com a rentabilidade chegando a 2,5% ao mês nos abates previstos para julho.
Custos operacionais elevados desafiam confinadores
Mesmo diante de custos operacionais elevados, especialmente com alimentação animal, a tendência de valorização da arroba bovina tem sido fundamental para sustentar a recuperação das margens.
De acordo com o Cepea, o aumento no preço dos insumos tem pressionado o sistema, mas a elevação dos preços da arroba compensa parte dessas despesas, garantindo maior viabilidade econômica ao confinamento.
A alimentação continua sendo o principal componente de custo, mas a estratégia de manejo nutricional eficiente e a boa gestão do cocho têm sido cruciais para manter o equilíbrio financeiro dos projetos de engorda intensiva.
Expectativa de abates e projeções para o primeiro giro
O Cepea projeta que cerca de 35% dos animais confinados em 2025 deverão ser destinados ao abate no próximo trimestre – maio, junho e julho.
Com a expectativa de superar 8 milhões de cabeças confinadas no ano, o primeiro grande giro deve fechar com mais de 3 milhões de animais abatidos.
Esses números reforçam a importância do confinamento para a oferta de carne bovina no Brasil e para a sustentação dos preços em um mercado interno mais firme e com boas perspectivas de exportação.
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Perspectivas positivas para os pecuaristas
Com margens em recuperação e demanda firme por carne bovina no mercado doméstico e internacional, a perspectiva é de um ano mais favorável para os confinadores.
A combinação de bom planejamento nutricional, gestão de custos e monitoramento dos preços da arroba deve garantir melhores resultados para quem atua com profissionalismo no setor.
Os dados do Cepea reforçam que a rentabilidade no confinamento é viável, mesmo em um ambiente de custos elevados, desde que o pecuarista adote práticas de gestão eficientes e esteja atento às oportunidades de mercado.
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