Em participação no Giro do Boi desta terça, 24, o zootecnista e especialista em produção de ruminantes Thiago Maluf, gerente de operação das unidade mato-grossense dos Confinamentos JBS, destacou os benefícios da utilização do modelo de engorda terceirizado em meio a este início de estação das água.
“A principal vantagem é a garantia do resultado. A gente tem todas as ferramentas possíveis para ter um desempenho muito bom. As modalidades de parceria que a gente trabalha hoje são muito vantajosas, tanto diária, como arrobas produzidas, a parceria do boi magro e o acerto em relação ao quilo da ração consumida. Então de acordo com a qualidade do animal, de acordo com a origem do animal, a gente tem uma modalidade que vai ser mais rentável ao produtor”, reforçou.
Maluf frisou ainda que o acerto dos custos com a operação são descontados somente no momento do abate, mantendo o produtor capitalizado para investir, por exemplo, na reposição.
“É uma engorda em boitel sem desembolso durante a engorda. O acerto é feito somente após o abate. O pecuarista vai mandar o animal para a gente e a gente vai ficar com ele no período da noventena – pois todas as nossas unidade são habilitadas para exportar à Europa -, então são 90, 100, 110 dias ajustando a qualidade do animal e o acerto disso é feito somente após o abate, quando é descontando o nosso negócio e é passado o valor ao pecuarista. Não existe desembolso. Acredito que isso, no momento de reposição cara, é muito importante”,
Thiago comentou que inclusive o parceiro do boitel tem preferência para ingressar nas escalas dos frigoríficos da companhia e aproveitar situações pontuais de mercado. “Nesse período de alta da arroba do boi gordo, o nosso cliente de boitel tem preferência na hora de escalar o boi dele na unidade JBS”, revelou.
O profissional confirmou que mesmo em meio ao ano atípico o resultado da operação de engorda em boitel tem sido satisfatório ao pecuarista. “Todo ano a gente tem alguma coisa que atrapalha a gente. O negócio é se planejar e ter o planejamento certo e executar de acordo com as adversidades”, ponderou.
Maluf comentou ainda que as unidades da companhia estão à disposição “para ajudar o produtor do Mato Grosso e do Brasil inteiro, junto às outras unidades, a aliviar pasto, a ajustar fluxo de caixa e contribuir com a saúde financeira dos projetos dos parceiros”. Além dos boiteis no Mato Grosso (Lucas do Rio Verde, Nova Canaã do Norte e Confresa), a companhia possui unidades em Mato Grosso do Sul (Rio Brilhante e Terenos), São Paulo (Castilho e Guaiçara) e Minas Gerais (Campo Florido), todos com as mesmas modalidades de negócio: diária, parceria, arrobas produzidas e ração por quilo.
“O maior desafio deste ano está sendo o preço dos insumos e a disponibilidade do boi magro – que é coisa que nos últimos anos vem acontecendo, mas que em 2020 se acentuou bastante. Mas a gente tem planejamento, a gente está comprando insumos em todas as regiões possíveis para ter um melhor preço para o nosso parceiro e a questão desse planejamento de engorda a gente tem todo o acompanhamento nutricional, os melhores profissionais do mercado, tanto dentro da JBS como no time de consultores, eles estão à disposição para a gente ter a melhor engorda possível com o melhor custo e a melhor rentabilidade possível”, detalhou.
O contato para os produtores interessados em informações sobre engorda de gado em uma das oito unidades dos Boiteis JBS pode ser feito pelo e-mail confinamento@jbs.com.br.
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Assista na íntegra a entrevista com Thiago Maluf: