
Atenção, pecuarista: vem aí uma grande variação de temperatura que pode prejudicar a saúde do rebanho e comprometer o desempenho zootécnico, principalmente em sistemas de confinamento. Assista ao vídeo abaixo e confira a previsão do tempo completa.
De acordo com o meteorologista Arthur Müller, do Canal Rural, dois pulsos de ar frio devem atingir o Brasil já nos primeiros 20 dias de abril, com mínimas podendo cair para 12°C.
Mas o problema maior vem depois: as máximas sobem rapidamente, batendo os 34°C ou até mais, causando o chamado estresse térmico no gado.
Frente fria chega nos primeiros dias de abril
No prognóstico apresentado no quadro Giro do Tempo, exclusivo do site Giro do Boi, Müller alertou para a chegada de uma frente fria entre os dias 7 e 8 de abril.
Ela deve derrubar as temperaturas em regiões do Centro-Oeste e Sul do país, especialmente em Mato Grosso do Sul. Uma nova queda ainda mais forte é esperada por volta do dia 22, com mínimas em torno de 12°C.
Essa alternância brusca entre frio e calor intenso tem um efeito direto sobre os animais.
“É o tipo de variação que impacta o desempenho dos bovinos em confinamento, exigindo mais atenção com a hidratação, ventilação e oferta alimentar”, explicou o meteorologista.
Calor volta com força logo após a frente fria
Logo após a entrada da massa de ar frio, os termômetros voltam a subir rapidamente. A previsão é de máximas entre 34°C e 35°C em várias regiões, o que pode causar grande desconforto térmico nos animais, especialmente naqueles que estavam se adaptando às temperaturas mais amenas.
O estresse térmico reduz o consumo de alimento, prejudica a digestão, afeta a imunidade e até compromete o ganho de peso — impactando diretamente a rentabilidade da fazenda.
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Chuvas continuam no Norte e seguem até dia 10 no Centro-Sul
Em relação às chuvas, Arthur Müller informou que até o dia 10 de abril, o acumulado pode chegar a 100 mm em regiões do Centro-Oeste e Sudeste, favorecendo a recuperação de pastagens.
No entanto, após essa data, as precipitações devem se tornar escassas, marcando o início do período de estiagem.
No Norte, a situação é diferente. Acre, Rondônia e Pará devem continuar enfrentando chuvas intensas durante o mês de abril, com acumulados acima de 100 mm em apenas cinco dias. Essa condição pode dificultar o transporte e a logística de gado para abate em algumas regiões.
O que o produtor pode fazer?
Para amenizar os impactos do estresse térmico no gado, é fundamental:
- Garantir sombra e água fresca em abundância;
- Monitorar o comportamento dos animais durante as horas mais quentes do dia;
- Ajustar o manejo alimentar, oferecendo alimentos mais palatáveis e de fácil digestão;
- Reforçar os cuidados sanitários, já que o estresse térmico pode aumentar a suscetibilidade a doenças.
Atenção redobrada nas próximas semanas pode fazer a diferença entre perdas e lucros na fazenda. Fique de olho nas atualizações do Giro do Tempo e prepare-se para uma quinzena de abril com fortes contrastes de temperatura e desafios para a pecuária.
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