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Febre aftosa: vacinação se aproxima do fim em todo o País. Saiba o que vem pela frente

Confira os procedimentos necessários na fazenda com o fim da imunização contra a febre aftosa na entrevista com o médico veterinário Marcos Coelho de Carvalho, membro do Grupo de Trabalho do Programa Nacional de Vigilância e Combate à Febre Aftosa em Mato Grosso

A vacinação contra a febre aftosa vai chegando aos poucos ao fim com o plano de erradicar a doença no País. No entanto, não é razão de o pecuarista baixar a guarda. Assista ao vídeo abaixo e saiba o que vem pela frente.

Quem falou sobre os cuidados nas propriedades rurais com o fim da vacinação foi o médico veterinário Marcos Coelho de Carvalho. Ele foi o entrevistado do Giro do Boi desta sexta-feira, 19.

“Dentro do plano estratégico, um documento muito bem elaborado pelo Ministério da Agricultura, foi criada a figura das equipes gestoras estaduais. Então aqui em Mato Grosso eu componho essa equipe gestora e a gente vem trabalhando forte nos últimos quatro anos para garantir que o nosso estado tenha a condição da suspensão da vacinação como aconteceu então agora em maio”, diz Carvalho.

O Estado de Mato Grosso deixou de vacinar o rebanho porque conseguiu avançar em diversos pontos, segundo ele.

Carvalho além de ser membro do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso (CRMV-MT) é integrante do Grupo de Trabalho do Programa Nacional de Vigilância e Combate à Febre Aftosa em Mato Grosso.

Onde a vacinação contra a febre aftosa continua?

Pistola para vacinar gado: saiba os cuidados necessários com o instrumento
Veterinário fazendo os preparativos para a vacinação do gado contra a febre aftosa. Foto: Wenderson Araujo/CNA

A vacinação contra a febre aftosa continua em algumas regiões. Ao menos, 14 Estados deverão imunizar 73 milhões de bovinos e bubalinos nesta primeira etapa do ano que segue até o final agora do mês de maio.

Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Sergipe e São Paulo são os Estados que ainda precisam imunizar o gado agora em 2023.

Atenção redobrada mesmo com o fim da vacinação

Vacinação contra febre aftosa. Foto: Wenderson Araujo/CNA

Mas não é porque deixaremos de vacinar o gado contra esta doença que vamos relaxar no combate.

“A vacina não impede a entrada da doença, mas ela diminui a velocidade de transmissão. Então sem a vacina para diminuir essa velocidade de transmissão, o produtor tem de estar atento e a qualquer sinal da doença comunicar o serviço defesa”, diz Carvalho.

O produtor também precisa estar atento a outras enfermidades, talvez, até mais graves que a aftosa e que inclusive são zoonoses.

“Até uma sugestão nossa, pois como Mato Grosso agora no mês de maio não está fazendo mais a vacinação contra febre aftosa, nós estamos incentivando que os produtores mesmo assim leve os animais até o curral e que façam manejo sanitário que ele já é acostumado a fazer aplicação dos vermífugos e aplicação das vacinas como por exemplo contra as clostridioses”, diz Carvalho.

Recadastramento on-line de profissionais de medicina veterinária

Exemplo da nova cateira digital para médicos veterinários e zootecnistas. Foto: Divulgação

O especialista também lembrou sobre o recadastramento de profissionais da medicina veterinária e de zootecnia desde o início deste ano de 2023.

O recadastramento pode ser feito no site do CFMV pelo link https://www.cfmv.gov.br/recadastramento/.

O recadastramento não é obrigatório. Porém, ao se recadastrar, o profissional mantém seus dados atualizados perante o seu regional e o CFMV.

Isso facilita a comunicação entre as partes, além de ter acesso às novas cédulas (física, em policarbonato, e digital).

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