Uso de nova vacina contra a BVD contribui para melhora de 17% na taxa de prenhez

Em entrevista concedida ao repórter Marco Ribeiro e apresentada ao Giro do Boi nesta quarta, 21, o médico veterinário e gerente de produto da Boehringer Saúde Animal, Fernando Dambrós, revelou alguns resultados já obtidos por propriedades do Brasil que utilizaram a nova tecnologia disponibilizada pela empresa para a prevenção da BVD, sigla em inglês para a Diarreia Viral Bovina, lançada no mercado brasileiro após 17 anos em pesquisas.

“Onde já estamos utilizando o produto, mesmo em poucos meses após o início da utilização, já conseguimos verificar uma melhora da taxa de fertilidade. Isso porque a vacina previne que o pecuarista perca todo o investimento feito em inseminação artificial para esta doença traiçoeira e silenciosa. […] A gente verifica uma melhora na taxa de fertilidade em alguns casos específicos em torno de 17%. Em um caso de um cliente que visitamos na Itália, ele tinha uma perda entre o DG-30 (diagnóstico de gestação aos 30 dias) e o DG-60 em torno de 25%. A partir do momento que ele introduziu o Bovela, esse índice foi reduzido para 14%”, exemplificou Dambrós.

Mas, segundo o veterinário, a doença, apesar de causar abortos e malformações, não pode ser considerada apenas reprodutiva. Os animais acometidos pelo vírus também sofrem com doenças respiratórias, como pneumonia, e outros males por conta do sistema imunológico deprimido. Isto faz com que o animal sofra um atraso de até quatro meses para atingir o objetivo de sua vida produtiva, seja a reprodução, entrada no confinamento para a produção de carne ou início da produção de leite. Por isso, a BVD pode ser enquadrada na categoria de doenças produtivas, pois silenciosamente ataca a margem do pecuarista por afetar o desempenho do rebanho em aspectos variados.