Para pecuaristas como Ronaldo Nunes, de Jaguaribe, Ceará, buscando otimizar a produção leiteira de suas vacas, a inclusão do farelo de soja na dieta emerge como uma solução potencial. Assista ao vídeo abaixo e confira as recomendações de quem entende.
Tiago Felipini, zootecnista especializado em nutrição animal e embaixador de conteúdo do Giro do Boi, oferece esclarecimentos valiosos e recomendações práticas para alcançar os objetivos desejados de produção.
De acordo com Felipini, uma vaca poderia consumir até 6 quilos de farelo de soja por dia para atingir uma produção diária de mais de 15 quilos de leite.
Essa indicação serve como um norte para pecuaristas. Contudo, Felipini enfatiza que essa não é uma abordagem unidimensional.
Farelo de soja: recomendações cruciais para uma dieta equilibrada do gado
- 1. Balanceamento nutricional personalizado: A primeira recomendação de Felipini é buscar a elaboração de um balanço nutricional detalhado. Este plano deve incorporar todos os componentes da dieta da vaca, levando em consideração a proteína bruta disponível em outros alimentos. Volumosos, por exemplo, também contribuem com proteína para a dieta, podendo reduzir a necessidade de farelo de soja e evitar o excesso.
- 2. Fracionamento da dieta: Outra sugestão estratégica é dividir a dieta total do dia em porções menores, especialmente quando a dieta inclui mais de 4 ou 5 quilos de concentrado. Essa abordagem não apenas permite que as vacas absorvam melhor os nutrientes, como também previne problemas digestivos, como a acidose ruminal, que pode ocorrer com uma ingestão elevada e concentrada de alimentos ricos em energia.
Implementação prática
Felipini recomenda que o fornecimento da dieta seja dividido em dois momentos, idealmente após as ordenhas da manhã e da tarde.
Esse método assegura um consumo estável e eficiente dos nutrientes ao longo do dia e contribui positivamente para o metabolismo e bem-estar das vacas.
Recurso valioso para o aumento da produção leiteira
O farelo de soja representa um recurso valioso para o aumento da produção leiteira, mas seu uso deve ser cuidadosamente calculado dentro de um plano de alimentação equilibrado.
As diretrizes de Felipini sublinham a importância de uma gestão alimentar flexível e consciente, que equilibre as exigências nutricionais das vacas com os riscos de sobrecarga alimentar. Assim, a produção leiteira pode ser maximizada de maneira saudável e sustentável.