Erramos 3 em cada 4 vacinas aplicadas; quais as consequências?

Em palestra, Paulo Colla, gerente da Boehringer Saúde Animal, alerta para o prejuízo anual estimado com a perda de carne por abscesso, que ultrapassa a casa dos R$ 5 milhões, e indica planejamento e manejo racional como soluções.

O Giro do Boi segue oferecendo na íntegra os conteúdos de palestras apresentadas no espaço “+@/ha/ano”, organizado pela Aliança da Produtividade na feira Beef Expo.

No segundo dia de evento, o gerente de trade e demanda da Boehringer Saúde Animal, Paulo Colla, abordou as consequências de um fato preocupante para a pecuária de corte brasileira: de cada quatro vacinas destinadas aos bovinos, três são aplicadas em local inadequado. Veja abaixo:

Segundo Colla, os erros acontecem, na maior parte das vezes, porque o trabalho não foi planejado junto à equipe. Com fotos e vídeos, que podem ser vistos no player acima, Colla demonstra como cada vacina mal aplicada, que pode causar abscessos, traz prejuízos para a cadeia produtiva. Isto ocorre principalmente por conta da perda média de 400g de carne em cada animal imunizado erroneamente.

“A gente vê que o manejo racional faz diferença. Pegar os animais um a um, no brete de contenção, é o melhor processo para garantir a efetividade do fármaco. Quando faz isso, (o pecuarista) minimiza muito o problema”, alerta Colla.

Além da palestra de Colla, a pós-doutoranda em zootecnia pela FVAC-Unesp e integrante do Grupo Etco, Lívia Magalhães, também faz participação especial. Ela detalhou os efeitos positivos que o manejo racional e as boas práticas trazem ao processo de vacinação.

Através de um experimento realizado no Projeto Pecuária Verde, desenvolvido em Paragominas-PA em 2015, a zootecnista demonstra redução de 5% no volume de doses de vacinas desperdiçadas e de diminuição de quase 80% no número de abscessos. “Se você fizer a conta disso em volume carne, você vai ver se vai ganhar mais dinheiro ou não”, alertou Magalhães.

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