Ele começou confinando 40 cabeças nos anos 80 e hoje é referência da pecuária mineira

“Dieta 5 estrelas”, bem-estar, critério na reposição... Conheça a trajetória e a evolução do empresário Paulo Roberto do Nascimento na produção de carne bovina

Em meados dos anos 80 o empresário de Minas Gerais Paulo Roberto do Nascimento, titular do grupo de logística Transcap, diversificou seus investimentos. No município de Capinópolis, no Triângulo Mineiro, Paulo deu início a um dos primeiros confinamentos do estado, o Elite Confinamento. Em uma área pequena, começou engordando 40 cabeças de gado.

“Eu, minha família e meus filhos. A gente tem uma família que trabalha aqui dentro, é uma empresa familiar e, graças a Deus, nós construímos isto aqui. […] Estamos tendo sucesso porque a gente está dentro do negócio. Eu comecei confinando 40 cabeças , foi um dos primeiros confinamentos que abriram aqui no Triângulo Mineiro, em Minas Gerais, e estamos aí até hoje procurando uma genética para fornecer ao frigorífico uma carne de qualidade para a gente ter os benefícios que a pecuária precisa ter”, simplificou o agroempresário.

Não há uma receita para o sucesso, conforme dizem as declarações do empresário, que não estejam relacionadas à dedicação extrema aos fundamentos da pecuária. “É muito importante a dieta que esse boi está comendo. Esse boi tem que comer uma dieta “cinco estrelas” para ter o sucesso que está tendo aí. Eu acho também que tem a genética, você buscar a genética como nós estamos buscando. O manejo também é muito importante, os parceiros que estão aqui manejando o gado. A compra é importante. É uma cadeia que tem que ser bem feita, é uma engrenagem”, disse em entrevista para reportagem da 9ª temporada da série Rota do Boi, exibida originalmente em agosto de 2016.

Na compra da reposição, o pecuarista é adepto às tecnologias que facilitam a observação minuciosa do gado magro a ser terminado no cocho. “Ajudou muito esta tecnologia, do Whatsapp, principalmente. Por exemplo, filmam uma boiada daqui no norte de Minas Gerais, que está a mil ou 1,2 mil quilômetros daqui (de Capinópolis), encaminham para nós e nós analisamos se tem viabilidade, se o negócio vai para frente ou não. Se houver viabilidade, a gente envia uma pessoa de nossa de confiança para terminar e concretizar o negócio, embarcar os bois e transportar para nós aqui”, disse Paulo, usando um exemplo prático de incorporação de tecnologias na pecuária de corte.

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A dedicação à atividade levou a uma expansão do grupo, que atualmente tem também propriedade em Santa Cruz do Xingu-MT, em que os animais passam por recria intensiva em integração lavoura-pecuária antes de serem enviados para terminação no confinamento em Minas Gerais. “Eu senti que o boi recriado em integração já chega adaptado. A gente ganha aquele espaço que seria da adaptação”, declarou o pecuarista em depoimento ao Giro do Boi em nova entrevista, em junho de 2018.

“Após a recria no MT, os animais são levados para o confinamento em MG. São pouco menos de 1.500 km entre as propriedades, o que representa um caminho longo, mas, fortificados pela dieta, os lotes têm menor incidência de problemas no transporte, como machucados ou fatalidades, chegando mais sadios até Capinópolis”, consta na entrevista (lembre pelo link abaixo).

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Pelo vídeo abaixo é possível rever a reportagem de estreia da 9ª temporada da Rota do Boi:

 

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