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GIRO DO BOI RESPONDE

É possível produzir queijo da Serra da Canastra no Cerrado de Goiás?

A qualidade do solo, a vegetação típica e as bactérias nativas de um local influenciam diretamente no sabor, na textura e no aroma do queijo

É possível produzir queijo da Serra da Canastra no Cerrado de Goiás?
É possível produzir queijo da Serra da Canastra no Cerrado de Goiás?

A produção de queijos artesanais de alta qualidade é o sonho de muitos pecuaristas, e a questão levantada por Leonardo Muller, de Catalão (GO) no quadro Giro do Boi Responde reflete uma dúvida comum: a influência da localização na qualidade final do produto. Confira o vídeo.

De acordo com o zootecnista Guilherme Marquez, o famoso queijo da Serra da Canastra, por exemplo, não tem sua qualidade garantida apenas pela receita, mas por um conjunto de fatores que criam um “terroir” único, um microambiente especial daquela região mineira.

Nesse sentido, a qualidade do solo, a vegetação típica e as bactérias nativas de um local influenciam diretamente no sabor, na textura e no aroma do queijo. O Queijo da Canastra é um exemplo claro de como esses elementos se combinam com a tradição familiar e o uso do “pingo” (fermento natural) para criar um produto com características inimitáveis.

No entanto, isso não impede que outros locais, como o Cerrado goiano, criem seus próprios queijos de excelência. Em vez de tentar replicar o queijo da Canastra, o especialista sugere que o pecuarista se concentre em criar a identidade de um novo produto: o “queijo de Catalão”.

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A estratégia para criar o “queijo de catalão”

Para produzir um queijo de alta qualidade em Goiás, é preciso valorizar as características únicas da região. A raça Simental, escolhida por Leonardo, é um excelente ponto de partida, pois é conhecida por sua riqueza em sólidos no leite, fator fundamental para a produção de queijo.

A estratégia, portanto, é explorar o “terroir” local: o solo, o ambiente e as gramíneas típicas do Cerrado. O especialista sugere que o produtor crie seu próprio “pingo” ou um processo específico para a sua região, utilizando as bactérias nativas. Essa abordagem gera um produto com características exclusivas, que o distinguirão no mercado.

Marketing e tradição para conquistar o mercado

A raça Simental foi escolhida pelo pecuarista Leonardo Muller, de Catalão (GO). Foto: Divulgação.

Além do produto em si, o trabalho de marketing é um pilar fundamental para o sucesso. O produtor deve investir na criação de uma marca forte, explicando ao consumidor que o queijo é feito no Cerrado goiano, com leite da raça Simental, e que cada etapa do processo é feita com uma receita consistente para manter o padrão e a tradição.

Com um bom produto e uma estratégia de comunicação bem definida, o queijo de Catalão tem tudo para conquistar seu espaço e se tornar tão famoso quanto o da Serra da Canastra, criando um novo símbolo de qualidade na produção de laticínios no Brasil.

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