É boa ideia cruzar vaca Girolando com taurino tropical para ter bezerro de corte?

Médico veterinário brasileiro que mora na Espanha diz que prática é comum na região que reside, onde as fêmeas de leite são cruzadas com taurinos europeus

O médico veterinário Domingos Freijanes, brasileiro que atualmente reside na Espanha, enviou sua questão sobre cruzamento de gado ao Giro do Boi.

Ele comentou que na região em que está na Europa é comum o criador cruzar vacas de leite com animais de corte, como reprodutores Limousin, Blonde D’aquitaine e Rubia Gallega, reservando as melhores vacas para inseminação com sêmen sexado e garantindo, com isso, a renovação do rebanho.

Entretanto, Freijanes recordou que na época em que ainda morava no Brasil, a prática era incomum. Portanto, ele quer saber se seria interessante no cenário atual cruzar vacas Girolando com taurinos tropicais, como Senepol e Caracu, ou mesmo o Santa Gertrudis para colher melhores bezerros de corte.

Quem atendeu o veterinário foi Alexandre Zadra, especialista em cruzamento industrial, autor do blog “Crossbreeding” e zootecnista supervisor regional comercial da Genex para os estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia.

“O Girolando produz leite a pasto muito bem no país (Brasil) e dependendo da região, se é muito calor, é interessante que você use uma raça tropical sobre ele para fazer um cruzamento terminal, se você quer fazer machos pesados. Seriam zebuínos ou mesmo Caracu ou Senepol ou Bonsmara. O Bonsmara sobre as meio-sangue e o Caracu ou o Senepol sobre as vacas mais avançadas Girolando, ¾ ou ⅝ por conta do pelo, principalmente se for recriar a pasto”, sugeriu Zadra.

“Então eu usaria Bonsmara ou os bimestiços Brangus, Braford, Canchim, Santa Gertrudis sobre as meio-sangue legítimas e sobre as ¾ ou ⅝ Girolando, eu usaria raças sem pelo, no caso Caracu, Senepol ou mesmo zebuíno”, concluiu.

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