Família deve ser um novo setor dentro da sua propriedade, destacou nesta sexta, 21, a pedagoga, jornalista e consultora em gestão de pessoas e desenvolvimento humano em empresas rurais na Destrave Desenvolvimento Jacqueline Lubaski no quadro Gestão de Pessoas na Fazenda. “Quando você contrata um colaborador, você contrata uma família inteira, não tem como você desvincular”, justificou.
Conforme esclareceu a especialista, cabe ao pecuarista identificar as atividades que possam melhorar a qualidade de vida dos familiares. A consultora relacionou esta motivação com o desempenho dos funcionários e, consequentemente, com o resultado da propriedade rural. “Você também deve ter um olhar bem clínico e reflexivo para verificar exatamente o que tem que fazer para manter estas pessoas motivadas, felizes e fazer com que o marido vá para o trabalho tranquilo, com a cabeça fresca. Chegando lá, ele vai fazer um trabalho extraordinário, trazendo, sim, rentabilidade”, indicou Lubaski.
A pedagoga recomendou que o proprietário, ou gestor, leve até a fazenda atrações com as quais as famílias se sintam comprometidas. “Você cria um senso de gratidão. Estas pessoas vão ser gratas a você por desenvolver trabalhos que envolvam toda a família dele. Cuide da casa, cuide da saúde das pessoas, leve formações para estas mulheres. Se você não puder dar o emprego, leve informações, leve palestras que falem sobre saúde da mulher, faça eventos em que as mulheres conversem e conheçam umas às outras e, assim, elas vão conseguir se integrar mais”, projetou.
“Isso vai fazer uma grande diferença para quando o marido chegar em casa. Ela não vai encher demais a paciência dele e fazer ele querer ir embora”, gracejou. “Eu brinco nas fazendas dizendo que mulher é carne de pescoço. Cientificamente tem uma explicação, e é claro isso. O ponto mais firme de uma casa é a cabeça e a cabeça é o homem. Mas o que segura a cabeça é o pescoço, e o pescoço é a mulher. Por isso o pessoal diz que mulher é carne de pescoço. Está aí a explicação”, brincou Lubaski.
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“Se você cuidar das famílias, consequentemente as pessoas, os funcionários, os seus colaboradores estarão lá no campo cuidando dos animais, fazendo a nutrição mais assertiva, com todo o zelo, cuidando do bezerro como se aquilo fosse realmente dele. É porque ele sabe que, se fizer um bom trabalho, ele vai se manter naquele emprego. A família dele está feliz, se sente segura e ele pensa: ‘puxa vida, é aqui que eu quero trabalhar, me desenvolver e aqui quero ficar por muito tempo’, admitiu.
“Família, sim, faz a grande diferença no resultado da sua fazenda”, realçou.
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Foto: Reprodução / CNA