O creep feeding é uma técnica de suplementação já no período de amamentação dos bezerros que foca na aceleração do desenvolvimento do rúmen e adaptação dos machos e fêmeas a um sistema de alimentação que combina pasto e cocho.
Como o creep feeding é de fornecimento exclusivo para os bezerros, o pecuarista precisa estar atento à estrutura de cocho. Deve-se levar em consideração a quantidade de animais a serem suplementados e as instalações, que precisam ser próximas aos malhadouros, aguadas ou aos cochos de sal para as fêmeas.
Estrutura do Creep Feeding
A área de cercado deve contemplar ao menos 1,5 m² para cada bezerro, com um espaço sugerido de no mínimo 2 metros entre a cerca e o cocho para circulação.
O acesso deve ser exclusivo dos bezerros e pode ser feito por meio de uma cerca de esteios fixados no chão, com 0,40 m de largura e 1,20 de altura. O ideal é quatro entradas para cada 50 bezerros
Manejo do Creep Feeding
Toda estratégia de suplementação requer atenção ao manejo para que o consumo, de fato, aconteça, para gerar o resultado esperado.
Inicialmente, toda exigência nutricional da bezerrada é suprida pelo leite materno. O creep feeding deve ser iniciado o mais cedo possível, de preferência, já na segunda semana de amamentação do bezerro.
No início, é recomendado a inclusão de um bezerro mais erado, que já esteja acostumado ao creep feeding, para puxar a fila dos animais mais jovens para acesso ao cocho.
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Espalhar um pouco de ração do lado de fora do creep feeding também pode ajudar a chamar o consumo, e as vacas podem auxiliar no processo, ensinando os bezerros a consumir a ração.
O que fornecer no Creep Feeding?
Em linhas gerais, uma mistura contendo de 15% a 20% de proteína bruta, para assegurar um bom crescimento dos bezerros.
Para a formulação de uma boa ração, a unidade Gado de Corte da Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, recomenda uma combinação que contenha cerca de 70% de quirera de milho, sorgo ou farelo de trigo, para energia, e 30% de farelo de soja ou torta de algodão, que contém alto teor de proteína.
Soma-se a esse conjunto 3% do sal mineral fornecido às vacas, ou 1% do sal branco comum, além de 2% de farinha de ossos calcinada.
Cada animal deve consumir algo entre 200 e 400 g/cab/dia, numa escalada de consumo que deve aumentar gradativamente, até alcançar por volta de 2 kg, 2,5 kg/cab/dia. A forrageira à disposição complementa a alimentação.