Com a volta das chuvas logo mais durante a primavera, o pecuarista deve estar preparado para extrair o máximo de produtividade de seu rebanho ao longo da estação. Nesta segunda, 03, o Giro do Boi exibiu uma entrevista sobre este assunto com o pesquisador da Apta, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, Flávio Dutra, graduado, mestre e doutor em zootecnia.
Ele passou um recado para os pecuaristas que estão entrando nas águas com garrotes com peso por volta de 12 a 13@ e precisam agora aproveitar a disponibilidade de pasto para a terminação, aliando baixo custo com intensidade, características proporcionadas pela estação chuvosa. “Quando eu passo a ter um pasto bom, eu posso agora a manipular a dieta. Eu não tenho uma dependência tão grande do concentrado igual tem no período da seca, quando a qualidade desse pasto cai muito”, disse Dutra.
“Nós temos várias alternativas, desde usar sal mineral, passando para um proteico energético de um consumo mais baixo, de 0,3 a 0,5% do peso vivo do animal, chegando ao chamado semiconfinamento, que é dar quatro a cinco quilos de ração para o boi ou, em alguns cenários, chegando a até 2% de oferta, ou seja, aquela mesma quantidade de ração que eu dou para o animal no período da seca eu dou agora também nas águas, depende da minha intenção, se eu quero produzir mais ou menos por hectare”, apresentou o pesquisador.
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Flávio destacou que é importante que o pecuarista desenhe o seu objetivo com este animal no período das águas – em quanto tempo deseja engordar o animal para comercialização. “Quando você pensa em passar mais tempo com ele, você tem que lembrar que as águas começam, depois terminam e entra no período de outono, então você vai ter problema mais na frente. Então alguns desses animais podem ser antecipados”, alertou.
Para terminar os animais que entram nas águas pesando entre 12@ e 13@, aproveitando o período que dura entre 100 e 120 dias, a recomendação da Apta é terminação no semiconfinamento, com a composição da ração variando conforme a característica do pasto. “Eu falo que esse sistema de terminação intensiva a pasto é flex. Ele pode ir desde o sal mineral até o 2% (do peso vivo) de oferta de ração, ou seja, oito a dez quilos de ração. Quem vai determinar se você vai dar sal mineral ou muita ração, primeiro é o custo da ração.[…] Por outro lado, se eu passo a produzir um pasto de melhor qualidade, eu posso a desembolsar menos com ração”, ponderou.
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