Conforme projetou em entrevista ao Giro do Boi nesta terça, dia 31, a consultora em gestão de pessoas e desenvolvimento humano Jacqueline Lubaski, da Destrave Desenvolvimento, a profissão vaqueiro estará entre aquelas com maior grau de dificuldade para contratação dentro dos próximos três anos.
Mas o desafio não é somente de quem vai contratar, como também para quem estará sendo contratado.
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“Eu vou dar um recado tanto para o empregado quanto para o empregador, que eu acho que vale a pena a gente ressaltar. […] Eu verifico que o empregador tem que criar uma forma de como você recebe essas pessoas. Nas fazendas que a gente vai, que não tem nenhum critério, as pessoas chegam e não se sentem acolhidas e, às vezes, acabam indo embora não sabendo o porquê. Esse é um fato. E claro, pagamento de salário é algo que é consequência. Eu sempre digo isso. E não tem como fugir hoje porque o mercado tem fomentado e tem melhorado essa questão de salários em todas as fazendas do Brasil”, apontou.
“Já para o empregado, ele deve evitar ser aquele que chega na fazenda e fica ‘amassando o barro’. Esse é um grande problema. É aquele profissional que fica criando várias situações ao invés de verificar exatamente o que precisa fazer e fazer de fato, ter proatividade, demonstrar interesse, buscar o que precisa ser feito. Ele fica procurando rolo, procurando confusão ao invés de querer fazer o trabalho bem feito. […] Para mim, o trabalho do vaqueiro é cuidar do bem-estar animal. E o que tem neste contexto? […] A aguada, sal, ração, manejo de pastagem, cerca… Mas tem caboclo que diz que não vai nem pegar um esticador e dar uma amarradinha numa cerca porque tem o cerqueiro. As coisas não são assim! Para você pleitear melhores salários, melhores condições e um bom trabalho, precisa ter proatividade, que eu acho que é o que está faltando”, opinou.
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Outro ponto de atenção para que os profissionais possam ter sucesso na busca por um novo emprego como vaqueiro está na redação do currículo, que deve ser especificamente voltado para cada tipo de fazenda que está com vagas abertas.
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“Os currículos que a gente recebe, na maioria das vezes, é uma tragédia. […] Você tem que verificar o perfil da fazenda, é o primeiro passo. (O currículo) Tem que ser feito para o objetivo da vaga”, reforçou.
Lubaski exemplificou a situação de uma fazenda de recria abrir vaga para campeiro, mas o profissional interessado tem experiência somente com cria. No caso, ele deve citar sua experiência no currículo e demonstrar que tem interesse em aprender novas funções e contribuir para o projeto daquela fazenda.
Assim, quando for para a entrevista, antes de buscar saber o salário, o pretenso novo vaqueiro deve perguntar qual o objetivo do projeto daquela fazenda para entender se aquilo se encaixa em seus próprios objetivos.
A consultora colocou à disposição os contatos de sua consultoria tanto para vaqueiros que buscam vagas de emprego quanto para aqueles que querem dicas sobre construção de currículo. As informações podem ser solicitadas pelo e-mail vagas@dtdestrave.com.br.
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Confira pelo vídeo abaixo parte da entrevista com a consultora especialista em recursos humanos em propriedade rural, Jacqueline Lubaski:
