Somente a volta das chuvas não basta para que esteja configurado o momento ótimo de começar a pulverização do herbicida de aplicação foliar nas plantas daninhas das pastagens.
Nesta sexta, 20, em entrevista ao Giro do Boi, o gestor de agronegócio Uilesmar Domingues de Oliveira, da UDO Representações de Produtos Agropecuários, representante comercial da linha de pastagem da Corteva Agriscience, ilustrou ao produtor qual é a hora certa da começar o manejo.
“Nessas fotos (confira na sequência), a gente pode observar que as plantas não estão em seu estado vegetativo ideal. Pode ver que elas estão com muito poucas folhas. E porque esses produtos tem absorção (do herbicida) em maior quantidade pelas folhas, a gente tem que aguardar para que essas plantas voltem ao seu estado normal para que que se possa fazer a aplicação do herbicida. Pode até ver que o capim aí já está voltando ao estado dele de normalidade, só que as plantas ainda não estão, então temos que aguardar mais um pouco ainda para iniciar a aplicação […] porque neste estágio o produto não vai chegar na quantidade ideal que precisa chegar nas raízes”, esclareceu.
Na sequência, Uilesmar exemplicou plantas que já estão no estágio ideal de desenvolvimento para que absorvam o defensivo de maneira que o produto seja eficaz. “Nós podemos ver que as plantas já estão bem restabelecidas. […] Nestes casos, o produtor pode iniciar a aplicação porque ele vai ter uma resposta bem eficiente com relação ao uso do produto (herbicida de aplicação foliar)”, confirmou.
Uilesmar comentou a diferença que o controle das plantas daninhas faz na produtividade do pasto. “Esse é um trabalho que foi feito pela nossa equipe de agronomia, que é justamente para mostrar a diferença que faz o uso do herbicida na quantidade de pasto que você tem a mais usando herbicida e não usando (veja na foto a seguir)”, apontou.
Segundo o especialista, o produtor deve estar atento para aplicar o defensivo logo que abrir a janela de oportunidade para que ele aproveite todo o período de maior produção forrageira, a época das águas. “Se você aplicar agora você vai fazer com que o capim desenvolva todo o seu potencial, você vai eliminar toda competição que poderia existir, competição por água, luz e por nutrientes e vai usar esse planta de maneira para que você consiga fazer um uso dela em todo o período chuvoso com ela extraindo todo o seu potencial”, reforçou.
Em alguns casos, como na foto abaixo, a área que recebeu aplicação foliar de defensivo teve produção de massa verde até três vezes superior em relação ao piquete cujas daninhas não foram controladas.
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Veja a entrevista completa com Uilesmar Domingues de Oliveira no vídeo a seguir: