Como produzir gado precoce de ganho de peso rápido com cruzamento industrial?

Criador de Araçatuba, capital do boi gordo no interior de SP, quer começar projeto de cruzamento em sua fazenda e busca saber os fundamentos do processo

Ele quer introduzir o cruzamento industrial em sua propriedade e quer saber quais critérios levar em consideração para gerar animais precoces e de ganho de peso rápido. Foi este o questionamento enviado pelo pecuarista Higor, da região de Araçatuba, a capital do boi gordo no interior paulista, para o Giro do Boi Responde.

O zootecnista Alexandre Zadra, especialista em cruzamentos, autor do blog Crossbreeding e supervisor regional comercial da Genex para os estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Rondônia, atendeu o produtor.

“Antes de tudo, a gente precisa saber o sistema que você vai adotar de recria e engorda ou se você vai vender bezerros, se você vai vender bois, se você vai confinar, se você vai recriar a pasto e engordar a pasto, se você vai aproveitar as fêmeas”, ponderou o especialista.

“Mas, de um modo geral, nós devemos dividir as raças. Sempre como base a gente tem o Zebu. A grande maioria, 99%, trabalha como base o Zebu. Sobre o Zebu, a gente tem que gerar heterose. Quando a gente pensa em calor no Brasil tropical, nós podemos pensar num europeu sobre esta matriz Nelore, fazendo uma matriz meio-sangue. O melhor do cruzamento, de um modo geral, é você pensar em aproveitar a F1, a fêmea meio-sangue. Então as raças maternas primeiramente vão muito bem sobre o zebuíno, seja Angus, seja Hereford, que também é muito boa. De porte um pouco maior, nós temos raças como o Simental, que vai muito bem também sobre a matriz zebuína”, apresentou Zadra.

“Sobre esta matriz F1, a cruzada meio-sangue europeia e meio-sangue Zebu, o ideal é você gerar heterose de novo mantendo uma certa adaptabilidade ou um certo conforto térmico para que ela seja recriada, seja a pasto ou confinada. Se você usar um africano sobre ela, ou um bimestiço, vai muito bem. Seja Caracu, Bonsmara, Senepol ou os bimestiços, como Brangus, Braford, Simbrasil ou Canchim, para a gente poder abater os animais oriundos desses tricross”, sugeriu.

“Você tem que levar em consideração que se for fazer uma recria caprichada, use bimestiços. Se for uma recria a campo, totalmente a pasto, use, por exemplo, Caracu ou Senepol, que são pelo zero, sobre a sua F1”, concluiu.

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Qual é a sua dúvida sobre cruzamento industrial? Envie para o programa no link do Whatsapp do Giro do Boi, pelo número (11) 9 5637 6922 ou ainda pelo e-mail girodoboi@canalrural.com.br.

Veja a resposta completa do especialista no vídeo a seguir:

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