Nesta segunda, dia 1º, o engenheiro agrônomo Wagner Pires, pós-graduado em pastagens pela Esalq-USP e consultor do Circuito da Pecuária, ajudou um pecuarista do interior de São Paulo a interpretar a análise e como corrigir solo pobre em fósforo e matéria orgânica. A resposta foi oferecida no quadro Giro do Boi Responde.
O telespectador Marcelo da Costa, de Riversul, região de Sorocaba, em São Paulo, tem uma pequena área onde quer implementar o pastejo rotacionado. Por isso ele compartilhou sua análise de solo e quer indicação do como corrigir solo pobre e prepará-lo para a gramínea a ser escolhida. Segundo o produtor, a intenção é cultivar MG12 Paredão.
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A princípio, o consultor disse que a escolha da gramínea depende de fatores que vão além da análise de solo. “É muito importante que a gente avalie o que você tem na sua propriedade em relação a outras gramíneas. A gente também avalia a topografia do seu terreno, o clima da região… Então é mais complexo do que a gente somente olhar uma análise de solo”, ponderou.
INTERPRETANDO O LAUDO
Conforme informou o especialista, a análise não indica a necessidade de aplicação de calcário, já que “o pH dela está razoável e a saturação está boa”. Contudo, “ela está pobre em fósforo e pobre em matéria orgânica”, advertiu.
Nesse sentido, o agrônomo revelou como corrigir solo pobre e equilibrá-lo. “Tem um fertilizante que é vendido no estado de São Paulo, porém ele é produzido em Minas, e ele vem com matéria orgânica. Ele vai ajudar bastante você. É um organomineral”, contou.
Além disso, Pires destacou que a há um produto desta linha ainda mais específico para a formação de pastagem. “Vai elevar o nível de matéria orgânica do seu solo e vai te dar uma boa formação. Inclusive você pode repassar a análise que a empresa vai fazer o cálculo certinho da dosagem para você. […] Nesse produto você tem duas fontes de fósforo. Ou seja, você vai resolver o problema de fósforo e de matéria orgânica”, acrescentou.
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MAS E O CAPIM?
Por último, Pires falou sobre a escolha da forrageira. “Você comentou que quer usar MG12 Paredão. Excelente, muito bom! Eu partiria para um MG12 Paredão ou, se for o caso de usar braquiária, eu partiria para uma braquiária híbrida”, sugeriu.
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Conforme alertou Pires, uma das preocupações do produtor deve ser a incidência de geadas, o que deve levar à busca por capins que sejam mais tolerantes. “Então a gente tem dois materiais muito bons entrando no mercado, que são o Camelo e o Cayman, que têm uma boa tolerância à geada. Logo, eu recomendaria ou esses dois ou o nosso Paredão”, concluiu.
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ENVIE A SUA DÚVIDA
Se você tiver dúvidas a respeito de como corrigir solo pobre, envie sua pergunta para o especialista no link do Whatsapp do Giro do Boi, pelo número (11) 9 5637 6922 ou ainda pelo e-mail girodoboi@canalrural.com.br.
A resposta completa do especialista ao telespectador do interior de São Paulo está disponível no vídeo a seguir: