Em participação no Giro do Boi desta terça, dia 25, o zootecnista Thiago Teixeira de Menezes, da empresa Valore Agronegócio e representante comercial da Linha de Pastagem da Corteva Agriscience, falou ao Giro do Boi a respeito da importância do controle de plantas daninhas após o manejo de reforma do pasto.
A comentar o visível aumento de produção de capim em uma área reformada e que já não tem competição com as plantas daninhas (foto abaixo), o especialista destacou que é justamente na reforma quando há a melhor ‘relação custo x benefício‘ na aplicação de herbicidas.
“Isso mostra o quanto o investimento em tecnologia retorna ao pecuarista. Este é um bom exemplo de uma pastagem que foi reformada e o pecuarista, na sequência, fez o manejo de controle de plantas daninhas. Este manejo é muito importante porque permite que a planta de interesse, no caso a forrageira, saia da competição com a planta daninha. E o que é o melhor? A fase de reforma é onde a gente tem melhor custo x benefício no controle das plantas daninhas. A gente usa pouco herbicida e tem um belo resultado desta aplicação”, frisou.
Embora o pasto possa ser cultura perene com um bom manejo, Thiago citou uma pesquisa da Scot Consultoria que descobriu que os produtores reformam seus pastos a cada seis a sete anos. Com isso em mente, o agrônomo comentou a importância de o produtor inserir dentro deste planejamento a aplicação do herbicida, que representa até 5%, mas retorna em 400% o aumento da produção de matéria verde.
“Já que a gente vai realizar a reforma, é muito importante a gente se atentar para o controle de planta daninha na reforma. Porque muitas vezes o pecuarista investe no preparo do solo, fica às vezes cinco meses sem utilizar aquela área, investe na semente e acha que não é necessário investir no herbicida. O investimento em herbicida na reforma representa de 2% a 5% do custo. […] E você sabe quanto que você pode aumentar a produtividade de matéria verde em uma pastagem que utilizou herbicida ou não? Em torno de 400%. Ou seja, você quadruplica a produtividade de massa”, calculou.
O profissional citou a fonte da informação, um trabalho do agrônomo, mestre e doutor e zootecnia Beneval Barbosa, da Universidade Federal de Goiás (gráfico abaixo). “Ele mostra, na prática, quanto que o controle de plantas daninhas na reforma aumenta a produtividade. Aqui é um trabalho conduzido pelo professor Beneval Barbosa e ele fez uma aplicação aos 82 dias em uma área de reforma. Com 82 dias, a área sem herbicida produziu em torno de 300 kg de matéria verde. A área que ele aplicou produziu 1.154 quilos de matéria seca. E quando a gente aplica aos 97 dias, ou seja, já é uma aplicação tardia, ainda assim a gente dobra a produção de matéria verde. Então o conceito mais importante é a gente aplicar o quanto antes e para evitar esta competição e não deixar de fazer este investimento”, detalhou.
Segundo Thiago, o momento atual da pecuária indica a melhor relação de troca histórica entre o boi e o herbicida, em que uma arroba permite aquisição de produtos para serem aplicados em até cinco hectares. “Nunca tivemos relação tão boa”, salientou.
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Veja a entrevista completa com Thiago Teixeira de Menezes, da Valore Agronegócio: