Com volta da chuva, pecuarista pode engordar gado no cocho enquanto veda pasto

Com ajuda de boiteis para terminação, produtor pode reforçar condição de suas pastagens para o melhor aproveitamento ao longo da estação das águas

“É o momento de o pecuarista aproveitar. Nós passamos por uma seca diferente esse ano, que está demais da conta! Então o produtor tem que aproveitar agora, a hora que começar a chover, começar a brotar as pastagens, para poder vedar”, recomendou Mário Yoneda, o Marinho, gerente das unidades dos Boiteis JBS em Guaiçara-SP e Campo Florido-MG.

Esse momento de espera entre as primeiras chuvas até a volta do gado aos piquetes é essencial para a recuperação da planta e, inclusive, foi tema de entrevista exibida no Giro do Boi da última segunda-feira, dia 12, com o doutor em agronomia e professor titular da Esalq/USP, Sila Carneiro da Silva. O especialista comparou, na ocasião, que esperar a consolidação da forrageira após o início das águas é como liberar limite no cartão de crédito com o qual a planta cobre seus custos de vida.

“Na transição da seca para a estação chuvosa, quando o pasto está saindo do déficit hídrico mais intenso e começa, com as primeiras chuvas, a ter aquele estímulo para o crescimento inicial, a primeira rebrota, normalmente o pecuarista vem com uma falta de alimento muito grande. Ele está procurando qualquer coisa para o gado comer. Aí ele toma essa iniciativa de colocar o animal para comer a rebrota naquela fase inicial. Mas nessa hora o direcionamento da planta é todo para recuperar a parte aérea dela para poder crescer. E o animal em cima, consumindo aquela planta, aquele rebrote jovem. […] Ela (a planta) começa a matar a raiz para jogar açúcar que estava na raiz para cima e com isso ela vai diminuindo massa de raízes, volume de solo explorado… até um ponto que a reserva acaba, que nem o saldo do cartão de crédito, que uma hora estoura e a fatura chega. A fatura é a degradação do pasto!”, alertou Sila Carneiro na entrevista.

Assista aqui a entrevista completa com Sila Carneiro da Silva:

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Em sua participação no Giro do Boi, Marinho reforçou a boa novidade para o pecuarista que busca solução para diminuir a pressão sobre as pastagens e engordar o gado ao mesmo tempo – a nova unidade da JBS Confinamentos em Campo Florido-MG, na região do Triângulo Mineiro.

“Nós já estamos trabalhando, já estamos com alguns lotes no confinamento e estamos a todo vapor, correndo atrás. É o momento de o pecuarista aproveitar. Nós passamos por uma seca diferente esse ano, que está demais da conta! Então o produtor tem que aproveitar agora, a hora que começar a chover, começar a brotar as pastagens, para poder vedar suas pastagens. E a gente está tendo esta oportunidade de começar esse confinamento, é uma estrutura nova, está bem alinhadinho o confinamento, tem curral antiestresse, as baias são muito boas, são grandes e estamos começando uma época de começo de chuva, então a capacidade é um pouco menor nas baias para não tem problema do barro. Então já está rodando bem”, confirmou.

Segundo Yoneda, a unidade preenche uma lacuna para os invernistas da região. “A gente viu necessidade de ter um confinamento em Minas. Nós temos duas unidades frigoríficas (unidades Friboi em Iturama e Ituiutaba-MG) e tem poucos boiteis para atender o pessoal da região. Foi uma oportunidade que a gente viu e que vai ajudar bastante. A gente tem bastante procura já, o pessoal está interessado em saber como funciona e nós estamos à disposição para mostrar o confinamento. A gente está de porteira aberta esperando os pecuaristas”, convidou.

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Marinho lembrou que a unidade coloca à disposição dos produtores os mesmos modelos de negócio dos demais boiteis da JBS – ração por kg (usada para engorda de fêmeas), parceria, arrobas produzidas e diária -, que têm uma característica em comum entre eles. “Você não desembolsa nada. A gente começa a organizar desde a logística do transporte, a gente manda as nossas carretas. Tudo o que você tiver de despesa com a gente será descontado no seu acerto quando fizer o abate dos animais. Você já recebe o valor líquido, descontado de todas as despesas. Você não coloca a mão no bolso. Na verdade, você coloca dinheiro no bolso”, frisou.

O gerente informou ainda que o boitel seguirá ativo ao longo do ano. “Nenhuma unidade nossa para na época das águas, a gente toca o ano inteiro”, concluiu.

O contato para informações a respeito das modalidades de negócio nos boiteis da companhia pode ser feito pelo e-mail confinamento@jbs.com.br.

Veja a participação completa de Mário Yoneda no vídeo a seguir:

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