Nesta quinta-feira, dia 10, o médico cardiologista Nabih Amin El-Aouar, presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB) concedeu entrevista ao Giro do Boi para falar do “teto” que projeta para a evolução da raça zebuína no Brasil e como o Circuito Nelore de Qualidade 2021, que começou junto ao início do mês no Friboi de Araguaína, tem contribuído no processo.
Nabih também informou que esteve recentemente internado para tratar de infecção por Covid-19, destacando a importância da carne bovina no restabelecimento de sua saúde. “Durante a minha internação na UTI, a minha equipe médica me aconselhou a consumir até 400 gramas de carne vermelha por dia e isso para mim foi um enorme prazer. Então veja bem, esse foi um dos métodos para me tirar dessa situação. […] A carne, além de ter um grande conteúdo de ferro, a absorção desse ferro é dez vezes maior do que a do ferro do feijão, espinafre, couve e os outros vegetais. E quando se consome a carne com os outros vegetais ricos em ferro, a carne vermelha faz com que se multiplique a absorção do ferro dos vegetais em quatro vezes”, observou Nabih.
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O presidente da Nelore do Brasil destacou a “abertura dos trabalhos” do Circuito Nelore de Qualidade 2021. “Nós tivemos uma grande satisfação por começar em Araguaína, no Tocantins, com a primeira etapa do Circuito Nelore de Qualidade 2021. E para esse ano, nós estamos muito animados, junto com o Friboi, com a Matsuda, com o Giro do Boi, Canal Rural, em tornar esse evento não só o maior do mundo, mas fazer dele um aprendizado para todos os pecuaristas brasileiros, como uma forma de produzir uma carne de melhor qualidade. E já iniciamos a etapa de Araguaína, na próxima semana já teremos na terça-feira a de Pontes e Lacerda, em Mato Grosso, e na quinta-feira próxima, a de Araputanga, também em Mato Grosso”, adiantou.
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Segundo Nabih, o circuito deste ano que pode marcar mais um recorde para o campeonato de avaliações de carcaça. “Até o presente momento, nós já temos 36 etapas confirmadas, mas estamos trabalhando para chegar em torno de 40 etapas. E lembrando que ano passado nós tivemos 33, o ano retrasado 26 e no ano anterior 11 etapas. Então veja só a evolução da raça Nelore e desse projeto vencedor que está ajudando o país a enxergar como produzir e como levar um animal Nelore ao abate em melhores condições e com a maior qualidade”, celebrou.
O cardiologista e presidente da associação respondeu ainda até onde enxerga o teto para evolução da raça zebuína responsável por até 80% da genética do rebanho brasileiro. “Eu sempre comento isso, que para o Nelore, o céu é o limite. Para uma raça que veio originária da Índia, que era utilizada para tração, como produtora de leite, e chegando aqui no Brasil passou por uma mudança e uma transformação para ser uma máquina de produção de carne… E veja quantas surpresas agradáveis e quantos encantamentos trouxe para os pecuaristas. Se tornou o maior rebanho bovino do país, compreendendo 80% da população bovina de corte do país, e produzindo uma carne a cada dia melhor, de mais qualidade”, destacou.
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Para Nabih, o Nelore está ganhando cada vez mais competitividade frente a outras raças mais consagradas na produção de carne de qualidade. “Essas surpresas que nós estamos tendo em termos de ganho de peso, do acabamento de gordura nas carcaças e na precocidade dos animais, inclusive dá condições competitivas com as melhores raças taurinas para produção de carne. Isso nos deixa muito felizes, por esse trabalho, e nós temos que aplaudir e parabenizar todos os criadores de Nelore do país”, reconheceu.
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O presidente da ACNB salientou a participação do Circuito Nelore de Qualidade como termômetro para a evolução da qualidade da carne da raça. “A cada dia nos surpreendemos mais e o Circuito Nelore de Qualidade é um grande exemplo para tirarmos em meio a essa situação. Nas duas gestões nossas, pela ACNB, além de darmos toda atenção para a genética, para os animais de pista, nós também focamos muito na produção de carne Nelore e isso está nos deixando muito felizes por sentirmos que a raça Nelore tem a mesma condição de competição com as demais raças de corte do mundo inteiro. E como já é uma raça adaptada ao nosso clima, à nossa topografia, às nossas pastagens e tem rusticidade aos ecto e endoparasitas, então o Nelore se tornou uma raça de fácil acesso para o trabalho dos pecuaristas brasileiros. É muita alegria, muita honra, muita felicidade em participar desse projeto Nelore”, afirmou.
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Nabih comentou ainda em sua entrevista as principais mudanças para as avaliações de carcaça do circuito deste ano (relembre pelo link abaixo) e comentou ainda a situação das exposições chancelas pela associação em 2021 com o advento da pandemia. “Com toda essa crise pandêmica que nós estamos vivendo, não só no País, mas no mundo inteiro, evidentemente as exposição reduziram bastante, mas até o presente momento nós já realizamos três exposições ranqueadas da raça Nelore pela ACNB: em São José do Rio Preto, em Goiânia e na Expoinel Minas. E já temos marcada mais uma exposição para o Espírito Santo, em Vila Velha, a Expoinel, e também já temos data marcada para Expoinel em Uberaba, de 11 a 17 de outubro, inclusive, com a possibilidade de ela ser semipresencial. Evidentemente tudo vai depender das condições da pandemia. Se por ventura não houver essa possibilidade, nós a faremos de uma forma virtual, como a própria ABCZ organizou a Expozebu durante o mês de maio. Então, de toda forma, nós fecharemos o ranking Nelore 2020/21 e poderemos apresentar os vencedores, os participantes, pois essa é a alegria de fomentar a raça e promover a valorização dos nossos competentes neloristas brasileiros”, concluiu.
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Assista pelo vídeo a seguir a entrevista completa com Nabih Amin El-Aouar, médico cardiologista e presidente da ACNB:
