No quadro Giro pelo Brasil desta quarta, 04, o zootecnista Velter Tiago Rosa, assistente técnico e comercial da Tortuga DSM que atende produtores do bolsão do MS, trouxe informações sobre a popularização do sistema de engorda conhecido como “piquetão”, ou o confinamento a pasto.
Segundo o zootecnista, a facilidade operacional do sistema na comparação com o confinamento tradicional tem feito o piquetão se disseminar pelo território nacional. “Os animais têm desempenhos iguais aos do confinamento, bons rendimentos de carcaça, um ganho médio diário de 1,4 kg em média, chegando a até 1,6 kg, dependendo da oferta de forragem. É uma vantagem enorme aos pecuaristas, principalmente para as fazendas que não possuem estrutura de confinamento tradicional e querem aproveitar eventuais momentos de preço de arroba, oportunidade de compra de boi magro, é uma estratégia que vem se mostrando muito prática para estas propriedades conseguirem resultados próximos ao confinamento mesmo sem ter a estrutura”, explicou.
Rosa confirmou ainda que para desfrutar destes benefícios, no entanto, é desejável que o pecuarista consiga produzir ao menos parte da ração utilizada no sistema. “A conta é basicamente muito próxima à da diária do confinamento convencional. Hoje estamos falando, com os patamares milho no Mato Grosso do Sul, em um custo de dieta que oscila entre R$ 5,50 a R$ 6,30. Isto depende da oferta dos insumos. […] E lógico que é importante a estrutura para que a fazenda produza a própria ração para que tenha um custo menor por quilo do produto. Se ele for comprar ração pra fazer um sistema desse, aí conta fica arrochada”, ponderou.
Quem também falou nesta quarta sobre o uso do piquetão como alternativa para a engorda foi o gerente nacional de confinamento da Tortuga DSM, Marcos Baruselli. Segundo o técnico, o sistema permite engordar até 10 UA (unidade animal de 450 kg cada) por hectare, fornecendo entre oito a dez quilos de ração por dia para a obtenção de elevados ganhos de peso. “É uma técnica que cresce muito no Brasil e estima-se que já tenhamos hoje cinco milhões de animais semiconfinados”, projetou Baruselli. “A época mais indicada para começar é neste começo de outono, na saída do verão e antes de entrar no inverno. É um período em que ainda tem bastante massa forrageira e permite expressar mais ganhos”, acrescentou.
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Veja abaixo a participação completa de Velter Tiago Rosa: