A produção de boi gordo em Minas Gerais está acelerada. O pecuarista é quem mais está correndo para “apurar” a genética do rebanho. Confira os detalhes no vídeo abaixo.
O Giro do Boi recebeu no estúdio, o ex-secretário de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais e atual diretor técnico do Sebrae Minas, João Cruz Reis Filho.
Agrônomo e doutor em genética, ele veio para falar de um programa do Sebrae que tem ajudado os pecuaristas, principalmente os pequenos produtores de gado mineiros, a apurarem a genética do rebanho.
O programa de incentivo à biotecnologia da FIV (Fertilização In Vitro). O Programa SebraeTec Fiv já existe a cerca de três anos e, somente em Minas Gerais, atendeu a mais de dois mil pecuaristas com 35 mil embriões implantados.
Detalhes do serviço de FIV
Já incluído o serviço e deslocamento dos veterinários, a coleta, o serviço do laboratório credenciado pelo MAPA, o material genético e o diagnóstico de gestação.
O Sebrae arca com até 70% dos custos e o restante fica a cargo do pecuarista.
A escolha da raça fica a critério do produtor, inclusive se ele quiser coletar suas próprias doadoras, o serviço também é contemplado.
Histórico do programa
O programa teve início em setembro de 2019. Por meio do Sebraetec FIV o pequeno e médio produtor pode ter acesso ao material genético de quem está no topo da pirâmide da cadeia pecuária, que é quem faz a seleção e o melhoramento genético.
Como funciona o programa?
O veterinário aspira o oócito primário – o óvulo antes da fecundação – de uma vaca doadora.
Depois, encaminha o material a um laboratório, para que a maturação dê origem ao óvulo.
Em seguida, fecunda a célula e gera um embrião, que é implantado em uma vaca comum.
“O fruto dessa barriga de aluguel é um animal de patamar genético que um pequeno produtor rural jamais ousou ter”, reforça o diretor técnico do Sebrae Minas, João Cruz Reis Filho.