O boi ladrão pode virar um pesadelo para o pecuarista. Animal de genética inferior, ou inadequada para a terminação intensiva, pode consumir mais que os outros e ainda assim não engordar do modo desejável. “O boi ladrão, em determinados sistemas, o animal inferior geneticamente, pode consumir comida no confinamento por cinco animais”, alertou o médico veterinário Matheus Silva Vieira.
Vieira, que é diretor da empresa Pecus, especializada em ultrassonografia de carcaça, lançou dicas ao produtor sobre apartação de lotes para o confinamento de olho na otimização da dieta pra cada perfil de animal. “Se no cenário é possível fazer isso, você consegue reduzir custos porque os animais tem genéticas diferentes e desempenhos diferentes”, explicou.
De acordo com o veterinário, com o conhecimento para projetar o desempenho dos animais, é possível destacar animais de boa genética para deposição de gordura, por exemplo, para que não recebam dieta excessivamente energética para evitar o excesso de gordura, podendo destiná-los a um semi-confinamento, por exemplo.
Vieira destacou que, com uma programação em mãos das datas projetadas para a terminação da cada lote, o produtor consegue equalizar outras etapas importantes dentro de seus sistema produtivo, como a chegada de um novo lote de reposição. “Isso torna-se uma ferramenta gerencial também, além de ser uma ferramenta tecnológica para melhorar os índices zootécnicos”, exemplificou.
Segundo o veterinário, o custo para o uso da ferramenta é, em média, de três diárias em cocho, e que a vantagem é a antecipação do abate em até 15 dias levando em conta a formulação e utilização da dieta adequada.
Veja a entrevista completa no vídeo abaixo: