CONFINAMENTO

Boi americano engorda o dobro do que o boi brasileiro. Saiba como diferença vai cair

Confira a entrevista com o mestre em zootecnia Henrique Conti, gerente técnico da Trouw Nutrition, sobre as comparações entre os confinamentos de bovinos do Brasil e dos Estados Unidos

O boi americano engorda o dobro do que o boi brasileiro. Mas saiba que a pecuária brasileira está no caminho certo para diminuir essa diferença. Assista ao vídeo abaixo e saiba o porquê disso.

Esta é a avaliação de especialistas e pecuaristas brasileiros que passaram por oito confinamentos em quatro unidades federadivas nos Estados Unidos: Texas, Oklahoma, Kansas e Colorado.

Quem contou essa história foi o mestre em zootecnia Henrique Conti, gerente técnico da Trouw Nutrition, que estava nessa caravana naquele país.

O Giro do Boi desta quinta-feira, 10, conversou com Conti para falar um pouco sobre essa viagem.

“Visitamos principalmente grandes unidades de confinamento. Rodamos quase três mil quilômetros durante uma semana. Foi uma semana muito apertada, mas de muito conhecimento para todo mundo”, diz Conti.

Comparação entre confinamentos de bovinos no Brasil e nos Estados Unidos

Detalhe de bovinos de corte em confinamentos nos Estados Unidos. Foto: Divulgação
Detalhe de bovinos de corte em confinamentos nos Estados Unidos. Foto: Divulgação

Os oito confinamentos respondem por um abate médio anual de cerca de meio milhão de bovinos.

Diferente do que é visto no Brasil, o confinamento já é um sistema muito consolidado, com muito planejamento e estudo para a engorda de bovinos.

“No Brasil o confinamento é tratado como uma ferramenta para auxiliar o processo de produção a pasto. O foco é a produção a pasto então o boi passa toda a recria a pasto e vai no final no confinamento”, diz Conti.

No confinamento brasileiro o bovino engorda de seis a oito arrobas num período de 90 a 120 dias, no máximo, segundo o especialista.

Já nos Estados Unidos, o confinamento chega a 180 dias e com uma engorda de 15 arrobas.

Evolução da pecuária brasileira perante a americana

Detalhe do gado no cocho em confinamento no Brasil. Foto: Reprodução

Mesmo com menos da metade do rebanho bovino brasileiro, o país norte-americano é líder mundial na produção de carne vermelha, produzindo 12 milhões de toneladas todos os anos.

Já o Brasil se aproxima das dez milhões de toneladas, ficando em segundo lugar.

A boa notícia é que a nossa produção tem evoluído, o crescimento foi de 45% nos últimos 20 anos, enquanto que a produção norte americana segue estável, o que mostra o potencial da nossa pecuária.

“No Brasil, a gente tem um tema muito favorável para a pecuária. Os Estados Unidos têm restrição de áreas e de chuva, por isso temos vantagens e estamos no processo de profissionalização da pecuária muito grande. Acho que estamos no caminho certo. É questão de tempo para a gente chegar nos níveis encontrados nos Estados Unidos”, diz Conti.

Confira a entrevista na íntegra para saber os detalhes da nutrição dos bovinos. Alguns aspectos podem até surpreender os pecuaristas brasileiros.

Sair da versão mobile