Nesta quinta, 25, um dos destaques do Giro do Boi foi a interação com o médico veterinário César Arruda, coordenador da Boehringer Saúde Animal que atua no Rio Grande do Sul. Com a chegada das águas, os parasitas se tornam um dos principais problemas para a produtividade da pecuária de corte praticada no estado, tanto os externos, como carrapatos, como os internos, como a fasciolose.
A fasciolose, doença provocada pelo parasita conhecido como baratinha do fígado, é um mal silencioso, alertou o veterinário. “Muitas vezes ela não apresenta sinais clínicos, mas está ali roubando a produtividade e o lucro do produtor porque o animal pode deixar de ganhar até 25% de peso no período de infestação”, revelou Arruda.
Para prevenir o problema, o veterinário indicou para o pecuarista, conforme o grau de infestação em sua propriedade, fazer aplicação de até três vacinas anuais: março, junho e novembro, impedindo a contaminação do animal no período crítico do ano, entre junho e novembro. Mas o pecuarista deve estar atento pois nem todas as vacinas contra verminoses tem princípio ativo de controle da “baratinha do fígado”, portanto deve-se consultar um especialista ao decidir pelo produto adequado.
+ Como identificar e prevenir a fasciolose em bovinos, conhecida como baratinha do fígado
Arruda acrescentou que é possível aproveitar a campanha de vacinação contra aftosa, que para o Rio Grande do Sul começa no próximo mês de novembro para animais de até 24 meses, para fazer uma das aplicações contra verminoses.
Produtores de outros estados também podem procurar informações sobre infestações em suas fazendas, pois a disseminação do cruzamento industrial com genética do Sul do Brasil acabou espalhando também os parasitas para outras regiões.
Veja as recomendações completas na entrevista: