O babaçu, uma cultura notória no Nordeste, pode ser uma boa alternativa para reduzir os custos de alimentação de bovinos de corte. Assista ao vídeo abaixo e saiba como este subproduto pode ser usado.
A dúvida sobre o uso do babaçu em dietas de bovinos veio de um pecuarista do Maranhão, da cidade de Pedreiras.
O produtor foi o José Camilo Brandão. Ele escreveu para o Giro do Boi e pediu ajuda sobre produtos alternativos como o babaçu, que é abundante na região onde mora.
Quem trouxe esclarecimentos ao produtor foi o zootecnista e doutor em produção animal Joaquim Bezerra Costa, pesquisador da Embrapa Cocais, em São Luís (MA).
A questão foi um dos destaques do quadro Giro do Boi Responde desta terça-feira, 14.
Babaçu: cada subproduto deve ser avaliado
O pesquisador, no entanto, recomenda observar o desempenho do rebanho aliado com a redução de custos da alimentação do gado.
O babaçu pode ser uma opção desde que sejam avaliados cada um dos subprodutos e coprodutos para a adição na ração.
Entre os subprodutos do babaçu estão a torta e a farinha do mesocarpo. Como coproduto há o farelo integral do coco do babaçu.
Torta de babaçu
A torta de babaçu está entre os subprodutos mais utilizados para a alimentação de bovinos de corte.
“É a amêndoa após a extração do óleo. É utilizado como fonte protéica, pode entrar na ração e possui cerca de 20% de proteína bruta”, diz Costa.
É normalmente utilizado como um ingrediente protéico e pode substituir parcialmente o farelo de soja.
Farinha do mesocarpo
“A farinha do mesocarpo do babaçu é um produto rico em energia e poderia substituir parcialmente ou até totalmente o milho, dependendo da composição dessa farinha”, diz o pesquisador da Embrapa.
A única questão é se atentar ao nível de proteína bruta para balancear a ração. O ingrediente é pobre em proteína, com 2% a 3% de proteína bruta.
Farelo integral do coco do babaçu
A atenção especial vai para o farelo integral do coco do babaçu. O coproduto não possui muitas vantagens, segundo o pesquisador.
“Em termos bromatológicos não é interessante. Ele tem muita lignina, é muito lenhoso. Seria como pegar um tronco de árvore triturar e dar para os animais”, diz Costa.
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