CONTROLE DA FAZENDA

Além do bônus, rastreabilidade bovina pode turbinar a gestão da fazenda

Confira os benefícios da rastreabilidade dos bovinos na fazenda na entrevista com a zootecnista Consolata Piastrella, fundadora da Piastrella Rastreabilidade Animal e sócia-diretora da Petrus Consultoria

A rastreabilidade do rebanho bovino vai muito além dos ganhos de bônus, que são significativos, mas a grande força, porém, é auxiliar na gestão da fazenda. Assista ao vídeo abaixo e confira as potencialidades da ferramenta.

Quem falou com bastante propriedade sobre a importância da rastreabilidade nas fazendas produtoras de gado de corte foi a zootecnista Consolata Piastrella. Ela esteve no estúdio do Giro do Boi nesta quarta-feira, 8, num programa dedicado às mulheres que estão agro.

“É preciso desmistificar a rastreabilidade. É uma ferramenta que pode trazer muitos benefícios para o produtor”, diz Piastrella.

Ela é uma das grandes especialistas no País sobre rastreabilidade e é fundadora da Piastrella Rastreabilidade Animal e sócia-diretora da Petrus Consultoria.

Rastrear serve para conhecer melhor a fazenda

Produtor goiano começa o ano com novo imposto a pagar. Saiba os possíveis impactos
Rebanho de bovinos Nelore em área de pasto. Foto: JMMatos

A especialista explica que, a partir do momento que o pecuarista passa a acompanhar seu rebanho de forma individualizada, ele passa a ganhar mais.

A rastreabilidade é uma oportunidade que, muitas vezes, passa despercebida pelo pecuarista brasileiro.

“A rastreabilidade traz índices zootécnicos muito importantes para o negócio. Podemos dizer que atualmente ela é muito diferente e mais efetiva do que a rastreabilidade de dez anos atrás”, diz Piastrella.

Como consequência, a ferramenta leva a captura de valor da carne produzida atendendo a ótimos mercados, como é o caso da Europa, animais da lista Trace e Hilton.

Sobe e desce da rastreabilidade no País

A zootecnista Consolata Piastrella, fundadora da Piastrella Rastreabilidade Animal e sócia-diretora da Petrus Consultoria. Foto: Divulgação

No início, este monitoramento mais preciso com os animais identificados no Sistema de Identificação e Certificação de Bovinos e Bubalinos (Sisbov) era até menos exigente e havia até bônus maiores.

No entanto, o sistema foi criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ganhou mais exigências e os bônus diminuíram.

É possível ter visto bônus que chegavam a R$ 15 por arroba e hoje, podem variar de R$ 2 a R$ 10, segundo a especialista.

Rastreabilidade compensa, sim

Detalhe de bovino de fazenda com certificação no Sisbov. Foto: Divulgação

A ferramenta tem por objetivo registrar e controlar as propriedades rurais que, voluntariamente, optaram por comercializar carnes para mercados que exigem rastreabilidade.

É através dela que é possível, com a conta do rebanho exata, programar corretamente a alimentação e os medicamentos necessários.

Isso no final das contas, servirá para que insumo algum falte ou sobre, ou pior, que se estrague na propriedade.

“A rastreabilidade compensa, sim. É uma grande vantagem para a gestão da fazenda e pode trazer retorno financeiro”, diz a zootecnista.

Num cálculo básico, por exemplo, o custo para rastrear pode variar de R$ 7 a R$ 15 por animal.

Se imaginar um ganho de bônus de R$ 4 por arroba, um bovino de 20 arrobas terá um bônus de R$ 80. Estariam livres para o produtor R$ 65. Confira no vídeo abaixo a entrevista na íntegra da especialista. Para outras informações e contato com a especista acesse o Instagram @piastrellarastreabilidade e no site donnapulsodemulher.com.br.

Sair da versão mobile