O que é e como fazer uma boa adubação de manutenção? Nesta época do ano, o pecuarista pode aproveitar a chegada das chuvas para “turbinar” a produtividade de sua bovinocultura de corte a pasto. Levando isto em consideração, o Giro do Boi convidou para entrevista nesta segunda, 15, o engenheiro agrônomo e consultor Diego Sichoki.
“Adubação de manutenção é quando […] o produtor forma ou reforma a área, coloca um pouco de fertilizante, e esta pastagem está com um estande bom, está bem povoada, tem bastante capim, e então é a hora de adubar, dar uma turbinada nela. Hora de a gente colocar fertilizante, calcário para que ela se mantenha produtiva. Se você não fizer esse processo, você vai derrubando cada vez mais seu potencial de produção”, explicou.
+ Os nove passos para a implantação de uma área de pastagem produtiva
Sichoki ilustrou aos produtores em seu depoimento quando é necessário fazer a intervenção. “Tem muito a ver com a percepção do pecuarista, do gerente, da pessoa que presta assistência. Mas um fato muito claro é quando a gente começa a reduzir a taxa de lotação. Para quem trabalhava com três a quatro cabeças por hectare, começa a ver baixar para duas, uma, meia cabeça, o que é muito comum. Então a hora de fazer a adubação de manutenção é a hora que você sente baixar o potencial produtivo da pastagem. […] Na verdade, o boi tem que coçar a barriga no pasto”, observou o agrônomo.
O consultor alertou que, além de baixar a lotação por hectare, o pecuarista também pode contabilizar menor produção nos animais que sobraram nas pastagens, afinal o boi terá que andar mais para encontrar pasto e vai comer menos. “Além de ele comer pouco, ele vai ganhar menos peso e produzir menos carne ou menos leite”, resumiu.
“O pecuarista pode pensar que está economizando, mas ele está perdendo dinheiro não adubando a sua pastagem”, advertiu.
O agrônomo listou entre os principais nutrientes para a pastagem o nitrogênio, substância à qual a forrageira responde mais rapidamente, fósforo e potássio. O mix destes produtos a ser distribuído nos piquetes depende de uma análise de solo, que é imprescindível para a o produtor não errar na formulação e evitar desperdícios ou subdosagem.
Ainda em sua entrevista, o consultor falou sobre a média do custo da adubação de manutenção e quais as diferenças entre adubar piquetes de pastejo contínuo e rotacionado.
Veja todas as recomendações de Diego Sichoki para adubação de manutenção pelo vídeo abaixo: