O criador Gustavo, com propriedade no municípios de Monjolos, estado de Minas Gerais, disse que a água que serve seus animais tem gosto de ferrugem. Embora os animais não pareçam rejeitar o líquido, ele revelou que se preocupa e perguntou ao Giro do Boi se deve tomar alguma providência.
O médico veterinário especialista no assunto Fernando Loureiro respondeu o questionamento do pecuarista.
“Se os animais não estão rejeitando a água e demonstram beber bem, eles já estão adaptados a esse possível nível a mais de ferro na água captada. Isso vem da captação, do subsolo, pode ser das nascentes, pode ser no poço artesiano. A água vem de uma fonte ferrosa, então ela tem esse gosto de ferrugem e não representa maiores problemas para a sanidade dos animais”, tranquilizou.
No entanto, Loureiro disse que a vigilância com a qualidade do líquido deve ser permanente. “Devemos tomar o cuidado de não assumir que, por os animais estarem bebendo bem, essa água sempre vai estar boa. Devemos, sim, tomar alguns cuidados com a fonte de captação de água, que muitas vezes os animais podem estar bebendo, mas bebendo em menor quantidade do que a gente gostaria ou do que eles deveriam para poder ter o melhor e o máximo desempenho. O que a gente traz aqui é a condição dos animais estarem bebendo essa água com sabor de ferrugem, mas eles estão bebendo bem e eles são o principal indicativo de que está tudo certo”, ponderou.
Loureiro recomendou que o produtor pode se certificar da ocorrência ou não de algum problema de fato observando nível de consumo de alimentos pelos animais, como o cocho do mineral. “Continue acompanhando o comportamento dos animais ao beberem a água e tente avaliar o consumo do lote ou consumo individual. Se este consumo estiver muito baixo ou reduzindo, se ele estiver aquém do esperado para a categoria, aí sim a gente deve adotar algumas medidas de avaliação, como análise química dessa água, para ver se, por acaso, o teor de ferro não está excessivo. A princípio, em algumas regiões, é normal que a água apresente teores de ferro, de magnésio, de cálcio ou até mesmo de sódio, de sal, elevados, e isso deve ser levado em consideração. Os animais se adaptam, mas nada que seja em excesso pode trazer benefício. Então vamos acompanhar”, aconselhou.
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