Saiba como manter 10 garrotes por hectare a pasto na seca ganhando 7 arrobas por animal

Doutor em zootecnia afirma que é possível lucrar R$ 200 por cabeça durante a época mais crítica do ano com terminação intensiva a pasto

Nesta quinta, 28, o Giro do Boi levou ao ar entrevista do repórter Marco Ribeiro com o mestre e doutor em zootecnia, Flávio Dutra de Resende, pesquisador da Apta, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. O tópico da conversa foi estratégia de terminação de animais no período seco, quando as pastagens estão mais “judiadas”.

Para terminar um boi que chega para a fase de terminação com 20 meses e 14@, o pecuarista tem o desafio de colocar mais sete arrobas em sua carcaça dentro de um período de quatro meses para enviar ao abate um bovino no padrão da própria Apta, o boi 777, terminado com 21@ antes dos dois anos de idade.

“Pra que eu consiga fazer isso a pasto agora eu tenho que formular uma dieta para esse animal. Quando passo nesta época de seca a dar ração pra ele, o animal chega a consumir 80% a 90% de ração na dieta dele, então ele precisa de pouco pasto. Com isso eu posso colocar mais animais por área. Dependendo da quantidade de resíduo que tem neste pasto, a gente pode colocar oito, até dez cabeças por hectare. […] E nós conseguimos colocar sete arrobas nesse animal”, calculou o pesquisador.

Mas o desafio não para por aqui. Segundo o doutor em zootecnia, o índice zootécnico só vale a pena quando significa lucro no bolso do produtor. “Estamos variando para sobrar algo em torno de R$ 200 reais por cabeça engordada nesse sistema, pagando ração, operacional, pagando tudo. Se eu trabalhar com oito bois de média por hectare, são R$ 1.600 por hectare na época da seca”, afirmou.

Veja as considerações completas de Flávio Dutra de Resende ao repórter Marco Ribeiro, do Giro do Boi, clicando abaixo no play.

Sair da versão mobile