PROTOCOLO 1953

Carne bovina premium sem mistérios: saiba como produzi-la na fazenda

Confira as recomendações feitas pelo doutorando em zootecnia Fábio Dias, diretor de relacionamento com o pecuarista da Friboi. Assista a entrevista

É possível produzir uma carne bovina premium sem mistério algum. Confira os passos para isso no vídeo abaixo.

As recomendações vieram do doutorando em zootecnia Fábio Dias, diretor de relacionamento com o pecuarista da Friboi.

Ele participou do Giro do Boi desta quarta-feira, 28. Além dele, o programa conversou com o pecuarista Rodrigo Pereira de Oliveira, da Agropecuária Ramawi em Caarapó (MS).

Protocolo 1953: carne bovina premium

Corte de carne bovina com muita maciez. Foto: Divulgação
Corte de carne bovina com muita maciez. Foto: Divulgação

O programa explorou os detalhes do Protocolo 1953, que garante um dos maiores bônus aos pecuaristas do País por conduzir uma produção de bovinos de carne premium.

Lançado em 2018, o Protocolo 1953 privilegia os pecuaristas que trabalham para obter animais que garantem carne macia, saborosa e suculenta.

Entre as regras básicas para que um animal desta grife de carne seja certificado, está o grau de sangue (ter no mínimo 50% de sangue de raças taurinas).

Origem do Protocolo 1953

Lote de bovinos com genética Angus. Foto: Divulgação

“Quando começamos a trabalhar com carne premium, buscávamos reduzir os problemas com maciez, principalmente do contra-filé e usávamos o meio-sangue angus”, diz Dias.

No entanto, a companhia passou a notar que outros bovinos de cruzamento industrial também poderiam conferir a mesma qualidade de carne.

O programa abriu uma porta para valorizar não só para animais cruzados com Angus, mas para os bovinos das demais raças com sangue taurino como Hereford, Charolês, Blonde D’Aquitaine e demais animais de raças sintéticas como o Canchim.

“Bovinos de raças taurinas continentais tem uma carcaça mais potente”, diz Dias.

Na trilha da produção de um bovino premium

Bovinos com engorda no cocho da Agropecuária Ramawi. Foto: Reprodução

No entanto, para trilhar o caminho da produção de um bovino que gera uma carne de qualidade não depende somente da genética.

Essa foi a principal lição aprendida pela Agropecuária Ramawi, segundo Oliveira. Desde 2020 a propriedade prepara animais para se enquadrar ao 1953.

“A alimentação do gado foi um ponto fundamental”, diz o pecuarista.

Isso porque o animal precisa ter um acabamento de gordura adequado. O primeiro lote terminado pela fazenda foi em 2020 e 60% dos bovinos foram classificados para o protocolo 1953.

Atualmente o percentual já chega a 82% dos animais criados especificamente para o protocolo.

Carne premium de boi, só castrando mesmo

Quadro de especificação de bovinos de corte para o Protocolo 1953

Além disso, os machos precisam ser castrados e terem até dois dentes incisivos para serm classificados no programa.

As novilhas precisam ter até quatro dentes. A maturidade e o acabamento também são fundamentais. Confira a entrevista na íntegra no vídeo acima para saber os detalhes desse programa que está elevando os ganhos da arroba do boi pelo País.

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